Bah e Manu Silva partilham lesão grave: "Mais fácil passar pelos dias maus"
Lateral-direito dinamarquês e médio português sofreram a mesma lesão grave num joelho no dia 8 de fevereiro, num Benfica-Moreirense. No caso de Manu Silva, foi na sua estreia no Estádio da Luz
Alexander Bah e Manu Silva sentaram-se esta quinta-feira juntos para refletirem sobre o azar que viveram no dia 8 de fevereiro de 2025, quando ambos sofreram uma lesão no ligamento cruzado anterior de um joelho num Benfica-Moreirense.
No caso do médio português, contratado ao V. Guimarães em janeiro, essa lesão grave surgiu na sua estreia no Estádio da Luz, com o lateral-direito dinamarquês a admitir que ficou "em choque" quando viu o colega no relvado.
"Soube [da lesão], um segundo depois, porque ouvi um estalo no joelho. Mesmo que não tenha sido um movimento muito brusco. Lembro-me quando o médico entrou. Examinou o joelho e disse imediatamente ao treinador que precisava de ser substituído. Então, percebi que era... era grave. Depois levaram-me para dentro e três minutos depois...", começou por recordar Bah, seguindo-se Manu: "No meu caso simplesmente não ouvi nenhum estalo, sabes? Para mim foi como se tivesse sentido o joelho a torcer um pouco, e foi só isso. Estava tão quente, que não senti a dor, mas sabia que algo estava errado. É como ter a sensação de que algo não está bem, mas... Lembro-me de cair no chão e de ouvir os adeptos, sabes aquele som de 'Uhhhhh'... Comecei a sentir o joelho um pouco dormente, quando fui para dentro, e o médico veio para fazer alguns testes. Sentiu o joelho, e perguntei algo do género: 'Doutor, o que está a querer dizer?' E, no momento em que fez esta expressão [facial], já sabia... Ainda tinha esperança de que não fosse o LCA [ligamento cruzado anterior], porque atualmente tem acontecido tantas vezes, no futebol, que não queres passar por isso".
Na sequência de vários meses de recuperação conjunta, a dupla encarnada fortaleceu a sua amizade com vivências diárias, com ambos a admitirem que terem alguém a atravessar as mesmas dificuldades em simultâneo tem ajudado bastante na respetiva recuperação, especialmente em termos mentais.
"Se é que existe uma melhor coisa, é o sentimento de ter alguém que passa pelas mesmas dificuldades, que partilha as mesmas conquistas, alguém com quem partilhar a dor. Por vezes, quando estás a passar por este tipo de situações, sentes que as pessoas não compreendem... E, nesta situação, tenho a certeza de que tens as mesmas dificuldades, e sei que consigo ajudar-te nos dias menos bons. É como se fosse mais fácil passar pelos dias maus quando sabes que tens alguém que está a passar pelo mesmo. E o laço que criámos... Gostamos das mesmas coisas, por exemplo, gostamos de ouvir música, dar umas boas gargalhadas, aproveitar as pequenas coisas do dia a dia. E acho que tem sido bom", enalteceu o médio, de 24 anos.
"Concordo totalmente. É como se partilhássemos a dor, mas também o sucesso porque, neste momento, os outros jogadores estão ocupados com os jogos e focados em ganhar. E, para nós, vencer é a próxima meta na nossa recuperação, por isso, facilitou as coisas, se é que se pode dizer assim. E acho que também posso dizer que a nossa amizade ficou fortalecida", completou o lateral, de 31, recém-pai de gémeos.
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