"Estamos a trabalhar muito"
Sem apontar favoritismo e mostrando ambição, José Mourinho sublinhou o propósito das águias na antevisão do jogo FC Porto-Benfica, da 8.ª jornada da Liga Betclic, que se realiza às 21h15 de domingo, 5 de outubro, no Estádio do Dragão.
José Mourinho começou a conferência de imprensa no Estádio da Luz por esclarecer que o grupo de trabalho se encontra "bem de saúde", depois de ter sido afetado por uma virose, e que o mesmo se treinou sem restrições na manhã deste sábado, 4 de outubro.
O treinador das águias enalteceu ainda a necessidade de a equipa apresentar maior eficácia junto à baliza contrária e elogiou o oponente, sem que tal lhe colocasse o rótulo de favorito no clássico da 8.ª ronda do Campeonato Nacional.
Peço-lhe um ponto de situação em relação ao estado de saúde do grupo de trabalho. Depois, também, perguntar-lhe: o que é que o Benfica que jogou em Londres tem de acrescentar ao Benfica que vai jogar amanhã [domingo], no Porto, para se poder falar realmente num ponto de viragem?
Estamos todos bem de saúde. Treinámos todos hoje [sábado]. Está tudo bem. Não há ninguém impedido de viajar e de jogar. Esperemos que, de hoje para amanhã, seja só para melhorar e ninguém para piorar, mas, neste momento, não há ninguém que fique para trás. Vamos todos. Fizemos um bom jogo em Londres, sim. Não fizemos golos e podíamos ter feito com o resultado em 0-0, podíamos ter feito com o resultado em 1-0. Controlámos muito bem o jogo nas suas diferentes fases, nos seus diferentes momentos. Não sentimos dificuldades defensivas no controlo de um adversário de grande qualidade e tivemos a capacidade de controlar, principalmente na 2.ª parte, e de criar oportunidades. Não fizemos golos. Quem não faz, só pode empatar, e quem não faz e sofre, perde. Mas, basicamente, eu diria que não há dois jogos iguais, mas, se conseguíssemos ter o mesmo tipo de controlo dos diferentes momentos do jogo, marcando e não sofrendo, seria a situação obviamente ideal.
Ponto prévio: ficou por responder uma pergunta em Londres – Como é que vai blindar o balneário do Benfica neste período eleitoral? Chegou a equacionar pedir o adiamento deste jogo, devido à virose? Estranha o facto de o FC Porto ter marcado a conferência do treinador para depois desta? O FC Porto ter marcado a conferência de imprensa depois da nossa, acho que é uma prática comum. Muitas vezes, sem nenhum tipo de intenção, outras vezes, porque se prefere reagir àquilo que aconteceu na conferência de imprensa do treinador adversário. No fundo, não vejo nenhum problema nisso. Eu também já o fiz e, se por acaso o Francesco está a ver a minha conferência em direto, aproveito para lhe mandar um abraço, porque tenho uma ótima relação com ele. Blindar o balneário... não existe uma estratégia. Existe, simplesmente, o bom senso, que é o tentar passar, não diria ao lado, mas olhar para um momento importante na história e na vida do Clube. Olhar para isso com respeito, obviamente, mas, ao mesmo tempo, tentando pensar naquilo que é a nossa missão. E eu, como treinador – todos os que trabalhamos no Clube em diferentes staffs, e, fundamentalmente, os jogadores, que são aqueles que em campo acabam por exteriorizar todo o trabalho de muita gente –, é tentar não pensar muito. É tentar não dialogar. É tentar não perder tempo com qualquer coisa que não podemos dominar. Eventualmente, neste grupo gigante de pessoas há, seguramente, gente que é sócia, e que terá a possibilidade de exercer o seu direito nas eleições. Mas isto e só isto. É qualquer coisa que não se pode controlar, e temos de nos focar naquilo que é o nosso trabalho. Não há uma verdadeira estratégia de tentar blindar o balneário. [Possibilidade de pedir o adiamento do jogo?] Não, não, não, não. Aquilo [virose] começou em Londres, houve um jogador que eu acho que é o grande culpado [risos], que, obviamente, não vou dizer o nome, mas brinco com ele. Depois, a partir daí, saí eu, em segundo lugar, e mais alguns. Foi preocupante, aqui há 2/3 dias, no dia seguinte a chegarmos; ainda ontem, situação difícil. Mas hoje toda a gente treinou, já ninguém do staff afetado com máscara. Ainda equacionámos viajar para o Norte alguns separados em vans, nada. Vamos todos juntos, está tudo em condições. E a tendência – esperamos que não erremos – é que amanhã estaremos todos ainda melhor do que hoje. Mas nunca pensámos em pedir o adiamento do jogo.
"Não há dois jogos iguais, mas, se conseguíssemos ter o mesmo tipo de controlo dos diferentes momentos do jogo, marcando e não sofrendo, seria a situação obviamente ideal" José Mourinho
Insisto neste tema da virose. Disse que há 2 dias a situação era complicada. Isto vai fazer com que mexa no onze inicial? Pode provocar aqui algum tipo de surpresa a Francesco Farioli?
Não, não, não. Nada daquilo que aconteceu teve alguma implicação a esse nível. Obviamente que pensámos se, se, se... mas não passou de ses. Como eu dizia, o dia de hoje era muito importante para nós, era muito importante para saber como é que os jogadores se sentiam. Eu próprio – nunca esteve em causa eu não ir a jogo – quis sentir como é que eu estava hoje. Não me quero comparar aos jogadores, porque são muito mais jovens do que eu e estão muito mais bem preparados fisicamente do que eu. Mas também eu queria sentir um bocadinho como é que me estava a sentir hoje. Hoje senti-me perfeitamente normal, os jogadores estão bem. Portanto, desde que não haja marcha-atrás em nenhuma das evoluções – toda a gente está bem –, eu posso tomar as minhas decisões, independentemente destes 2 dias em que tivemos alguns medos. [Surpresa no onze?] Isso já não lhe respondo, mas nada que esteja diretamente relacionado com mais tosse, menos tosse, mais vómito, menos vómito.
As duas equipas vivem contextos completamente diferentes: o FC Porto respira confiança, associada a uma dinâmica de vitórias assinalável; o Benfica tenta recuperar esses mesmos índices de confiança, ao mesmo tempo que a equipa tenta assimilar as suas ideias. Sente que, também por isso, a juntar à situação da virose, parte em desvantagem para o clássico?
Não, eu esqueço a virose. A virose, para mim, não entra em equação, e amanhã [domingo], depois do jogo, não quero sequer falar de virose absolutamente nenhuma, a não ser que, de hoje até amanhã, eu perca 2 ou 3 jogadores fundamentais, ou que os jogadores tenham de se apresentar numa situação difícil. Eu repito: o treino de hoje decorreu com total normalidade a todos os níveis, não houve um único jogador que tivesse sintomas, ou que tivesse alguma sensibilidade diferente daquilo que é a situação normal. Estamos em momentos diferentes, e estamos em momentos diferentes óbvios. O FC Porto tem muito trabalho por trás, OK? O treinador entrou no primeiro dia de época, tiveram pré-época, não jogaram play-offs, qualificaram-se diretamente para as competições europeias, tiveram muito tempo, tiveram muitas semanas, tiveram muitas horas de trabalho, e quem analisa a equipa como eu e os meus analisámos, há muito trabalho ali. Há muito trabalho ali, a equipa está bem, a equipa tem uma estrutura óbvia, a equipa tem dinâmicas já muito bem adquiridas, os resultados, apesar de se poder dizer: OK, marcaram ali no último minuto; OK, tiveram uma pontinha de sorte ali e acolá... Penso que tudo é consequência do verdadeiro momento que eles têm, e, repito, muito trabalho por trás. Muito trabalho que nós não temos. Muito trabalho que nós não temos. Eu, apesar de já estar aqui há 2 semanas, mais ou menos, hoje foi dos poucos treinos em que eu tive a equipa toda, para poder trabalhar com eles um bocadinho, somente obviamente com o handicap de amanhã haver jogo e de não poder trabalhar com grandes necessidades. Não há trabalho da nossa parte. O trabalho é muito na base da análise, é muito com base na análise do adversário, é muito com base na análise da nossa performance do jogo anterior, e, feedback a feedback, tentar ir fazendo a equipa crescer. Isto, para mim, é uma diferença fundamental. O FC Porto tem uma excelente equipa, uma excelente equipa muito solidificada, ideias do treinador, um fingerprint muito claro e muito objetivo, e nós ainda não. Agora, se algum de vocês me fizer a pergunta se o FC Porto é favorito por isto, eu digo não.
"Não farei um único comentário a um jogador do Benfica quando entrar no espaço seleção" Vamos olhar um bocadinho para o jogo e para o FC Porto. Falou precisamente dessa coesão, da capacidade portista, falava também da agressividade e muito por um jogador, Victor Froholdt. Pergunto se há também uma estratégia, por parte do Benfica, de tentar condicionar este jogador.
Muito bom jogador, muito bom jogador, um jogador que eu conhecia, não vou dizer que conhecia muito bem, mas era um jogador que já me tinha passado pelos olhos e pelo computador. É um jogador com uma capacidade física fantástica, trabalha muito, tem chegada na área, é perigoso a todos os níveis, seja em jogo jogado, seja em bola parada, acho que é uma aquisição muito feliz da parte do FC Porto. Muito bem integrado dentro daquela dinâmica que o treinador imprime à equipa, que lhe permite projetar-se muito no espaço. É um jogador com o qual teremos cuidado, mas o FC Porto tem uma estrutura muito boa, tem jogadores muito bons, e nós temos de ter preocupações com todos.
Falava há bocadinho nas eleições como um momento importante para a vida do Clube. Não vamos olhar para as eleições, mas para o que o Presidente [Rui Costa] disse. Disse que o Benfica não vai sair do Dragão com menos de 7 pontos. A verdade é que há várias contas possíveis, e esse é um dos cenários. Pergunto-lhe que impacto e que implicação é que teria uma derrota do Benfica amanhã [domingo], neste clássico, na equipa e na época.
Podemos sair a 1 ponto. A 4. E se sairmos a 1? Também pode acontecer.
O que é que tem faltado a este Benfica para ser aquilo que José Mourinho quer que seja? Peço-lhe também um comentário às declarações do selecionador da Noruega, que disse que Schjelderup nunca será um jogador de 90 minutos se não jogar 90 minutos – José Mourinho sabe isso. O que é que lhe merece dizer depois disso?
Para mim a situação é simples e acho que... basta olhar para a coisa com um bocadinho de ética, que estaremos todos de acordo. Pode ser que ele não esteja, mas acho que a maioria dos selecionadores ficará contente com o modo como eu olho para esta situação: jogador de clube, jogador de seleção. Quando os jogadores do Benfica forem para as seleções, eu não farei um único comentário: se joga muito, se joga pouco, se o treinador está contente, se não está contente, se devia ter jogado mais, se devia ter jogado menos. Não farei um único comentário a um jogador do Benfica quando entrar no espaço seleção. O selecionador é soberano, a federação é soberana. Que corra tudo bem, que Deus os ajude a não voltarem lesionados, mas não farei qualquer tipo de comentário. Agradecia que, da outra parte, quando os jogadores do Benfica estiverem no Benfica, que eles não interfiram e que estejam sentadinhos no seu local de trabalho. Acho que é uma situação ética muito correta, e eu, honestamente, não consigo compreender como é que um selecionador se atreve a fazer qualquer tipo de comentário sobre um jogador, ou sobre um comentário que um treinador teve sobre um jogador que é de um clube. A situação para mim é muito simples, e estou convencido de que a esmagadora maioria dos restantes selecionadores ficará contente com este tipo de relação que eu quero estabelecer. Não significa que não possamos comunicar. Eu estarei sempre à disposição de qualquer selecionador que me queira contactar, a mim, ao meu staff, ao preparador físico, ao suporte de science. Estaremos sempre à disposição de qualquer seleção. Mas agradecia, para simplificar as coisas, que houvesse este respeito quando o jogador é do clube ou quando o jogador está emprestado às seleções. [O que é que tem faltado à equipa? ] Trabalho. Tempo para trabalhar.
"Não comento nem as declarações do Presidente do Benfica, nem as declarações dos candidatos à presidência. Não me parece correto, nem uma coisa nem outra. Mas, obviamente, eu sou treinador, e é a única coisa que eu quero ser, nada mais do que isso" Disse em Londres, depois do jogo frente ao Chelsea, que tinha dito no balneário que o Chelsea era superior ao FC Porto. Ficou surpreendido por esta frase ter sido tão comentada nos últimos dias? Essa frase foi espontânea, queria transmitir alguma mensagem? E se sente que essa frase pode motivar de alguma forma o adversário?
Não. Sabes, quando se perde, tu tens de te tentar agarrar a qualquer coisa de positivo, a qualquer coisa de motivador, a qualquer coisa que possa fazer com que gente que está sentada a olhar para o chão te possa olhar nos olhos e receber qualquer coisa de positivo. Não me parece que tenha sido uma frase com qualquer intenção ou conotação negativa relativamente ao FC Porto. Eu acabei de elogiar tanto aquilo que eu acho do FC Porto. Eu posso elogiar mais e dizer que gosto muito, gosto muito da equipa do FC Porto. Mas não vejo nenhum drama na situação, até porque uma coisa é o campeão do mundo que joga para ganhar a Premier League, que joga na Champions League, e outra coisa é um clube que joga para ganhar a Liga portuguesa... Uma coisa é um clube que fez um fantástico investimento relativamente àquilo que é o futebol português, mas outra coisa é um clube que gastou 1 billion no último par de anos. Portanto, estamos a falar de contextos diferentes. A minha equipa fez um ótimo jogo contra esta equipa superpoderosa a todos os níveis. Eu encontrei como um modo de preparar, ou de tentar relativizar a tristeza de uma derrota, dizendo que o Chelsea é melhor que o FC Porto. E se jogámos assim em Stamford Bridge, porque é que não podemos jogar assim no estádio do FC Porto? Simplesmente isso, sem qualquer intenção negativa.
Já deixou elogios ao FC Porto, da questão do trabalho. Vê o FC Porto mais forte como coletivo? Também elogiando Froholdt: há alguma peça que ache que seja fundamental no onze de Farioli? Aproveitando a questão das eleições: João Diogo Manteigas diz que José Marinho foi contratado também como diretor de comunicação do Benfica. Merece-lhe algum comentário?
Não, eu não comento nem as declarações do Presidente do Benfica, nem as declarações dos candidatos à presidência. Não me parece correto, nem uma coisa nem outra. Mas, obviamente, eu sou treinador, e é a única coisa que eu quero ser, nada mais do que isso. Relativamente ao FC Porto: tem muito boas individualidades, tem. Não há grandes equipas sem grandes individualidades, mas acho que eles são verdadeiramente uma equipa forte. Uma equipa forte, com um treinador com ideias muito claras, que deve ter aproveitado cada minuto que teve de pré-época, cada minuto que teve para trabalhar. Acho que a equipa está muito bem preparada. Gosto muito da equipa deles.
Com mais alguns dias para preparar este jogo, desde terça até domingo, e também sendo este o seu primeiro clássico enquanto treinador do Benfica agora nesta segunda passagem, fez algo diferente na preparação, não só a nível tático, mas também psicológico, para os jogadores talvez mais novos do Benfica poderem entender a importância deste jogo? Sim, é uma boa pergunta. Ao nível tático, ao nível daquilo que é o trabalho de campo, tivemos hoje um dia que nos permitiu trabalhar, como eu dizia, em intensidade baixa, densidade baixa, mas que nos permitiu trabalhar bem as nossas ideias, seja do ponto de vista defensivo, seja do ponto de vista ofensivo. Ao nível emocional, é obviamente importante, tanta gente nova, que percebam bem o contexto. E acho que, para um treinador que já esteve do lado de lá e que agora está do lado de cá, se calhar é mais fácil poder interpretar, poder antecipar cenários a nível emocional e poder ajudar os jogadores. Como você diz, e bem, mesmo que tenham tido clássicos nos outros países de onde vêm, esta é a primeira vez que jogam um clássico em Portugal, é importante que eles tenham uma boa noção daquilo que significa, não só do ponto de vista desportivo, mas também depois o impacto social associativo que tem, e aí também estamos cá para tentar ajudar.
Há pouco disse que faltava tempo e trabalho para que o Benfica pudesse começar a jogar melhor e a ganhar. Mas sejamos claros, José Mourinho: José Mourinho não foi barato ao Benfica, não custa barato, tem um currículo invejável – todos sabem do seu currículo. Não teme que não haja tempo para chegar à finalidade que pretende? O que falta verdadeiramente para o Benfica começar a ganhar, atendendo até que, sobretudo a nível doméstico – sabe melhor que eu com certeza –, não ganhar 95% dos jogos pode ser a morte do artista.
Eu acho que você e alguns dos seus colegas [jornalistas] estão doidinhos para saber quanto é que eu ganho. Quanto é que você ganha? Quer-me dizer, ou não? Ah, não vai dizer? Então não fale do meu. Está a dizer que eu sou muito caro, sou muito barato, quanto é que ganhou, quanto é que não ganhou, quanto é que ganha... O Ríos tem nas costas os 25 milhões que pagaram, 30 milhões... Vocês são um bocado obcecados com números. Você não está a faltar ao respeito, eu também não estou a faltar ao respeito a si, mas parece-me que é uma curiosidade brutal de saber quanto é que ganha o vizinho do lado. Não está? Sim, mas a pergunta começa exatamente com o "quanto é que ganha", "quanto é que custa", "é caro, é caro". [Quando é que vai pôr o Benfica a ganhar com regularidade?] Olhe, se calhar começamos a ganhar amanhã. O futebol é assim mesmo, e, por vezes, os resultados são descontextualizados do trabalho que se faz. Outras vezes, são consequência do trabalho que se faz, outras vezes são um bocado descontextualizados. Aquilo que eu lhe posso garantir é que nós estamos a trabalhar muito. Eu nem sequer estou preocupado comigo, não estou a pensar em mim, estou preocupado com os jogadores, estou a pensar neles. Acho que os jogadores merecem alegria, não merecem, às vezes, o carimbo que se lhes põe: "Eh, pá, os gajos ganham bem, perdem hoje e amanhã estão contentes, não passa nada, a vida é boa." A vida não é boa, a vida não é boa. Se a vida não é boa para os adeptos quando se perde, imagine-se para quem vive disto, para quem é profissional, para quem sente responsabilidades de. O jogador, quando perde, sente responsabilidades dessa derrota; o treinador, quando perde, também sente responsabilidades. Se é duro para adeptos, imagine para nós, enquanto profissionais. Eu não estou muito preocupado comigo – você, simpaticamente, falou do meu currículo. Acho que mais importante do que o meu currículo são os meus anos de. São os meus anos de experiência, a ganhar e a perder. Mas estou mais preocupado com os jogadores: eles merecem felicidade, merecem alegria, e neste momento não estão a conseguir. Entrei num momento difícil para eles, sentimos imediatamente isso quando jogámos em casa contra o Rio Ave. Depois, mesmo ganhando ao Gil Vicente, continuámos a sentir. O momento não é fácil, e a minha preocupação não é estar a pensar em mim. Estou a pensar neles, e depois, por consequência, nos adeptos que amam o Clube, nos adeptos que são o verdadeiro Clube, que o verdadeiro Clube são os adeptos, é nessa gente que estou a pensar. Não estou a pensar em mim próprio. Agora, considero-me um grande treinador – desculpe-me a falta de modéstia – e considero que tenho um staff também muito bem preparado. Estamos a trabalhar, estamos a trabalhar muito. Agora, é como eu dizia: isto é o futebol. E você tem razão: quando é que começaremos a ver verdadeiros resultados? Olhe, se calhar amanhã, como eu lhe dizia. Mas é uma coisa que nós não podemos prever. Acho que, contra o Chelsea, o resultado já podia ter sido completamente diferente e ir um bocadinho de acordo com o rendimento da equipa, que foi, na minha opinião, bastante aceitável. E vamos ver. Mas trabalhamos a sério.
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