"Benfica District": Rui Costa anuncia projeto para revolucionar Estádio da Luz

 

Criação de pavilhões multiusos, uma praça para os adeptos e até um hotel farão parte do novo projeto do Benfica

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Grandes mudanças são esperadas nas redondezas no Estádio da Luz. O Benfica apresenta, esta terça-feira, o plano «Benfica District», uma inovadora cidade desportiva, que vai muito além do desporto. 

Este projeto vai ter de tudo. Três pavilhões multiusos, um novo campo de futebol ao ar livre, residências para os atletas e até um hotel e um teatro. Destaque ainda para a estátua de Eusébio, que será mudada de lugar.

Este plano, que é claramente ambicioso, intensificou os trabalhos de avanço nos últimos 18 meses, sendo que está previsto estar finalizado até 2030. 

O «Benfica District» procura, essencialmente, «responder às necessidades de modernização e às exigências desportivas das diversas modalidades», como escreve o Benfica numa nota enviada à comunicação social. É objetivo, também, tornar o Estádio da Luz num «destino nacional e internacional de excelência para o desporto e o entretenimento». 

O que se pode encontrar no «Benfica District»

A Populous, empresa especializada em arquitetura de edifícios de desporto, liderou todos os aspetos do projeto em conjunto com a Saraiva Associados, também escritório de arquitetura. A Populous já tinha sido a projetista original do Estádio da Luz, inaugurado em 2004.

O projeto «Benfica District» aponta para:

. Um pavilhão multiusos com capacidade para 10 mil pessoas, que servirá para a prática das modalidades e eSports, mas também eventos culturais, como concertos, por exemplo; 

• Mais dois pavilhões desportivos - um com capacidade para 2.500 lugares e outro para 1.500 lugares - adaptáveis para basquetebol,, voleibol, andebol, hóquei patins, futsal e boxe, substituindo os atuais pavilhões e piscina;

• Uma nova piscina comunitária (25x25m);

• Um novo teatro e espaço para eventos, com capacidade para 500 pessoas;

• Um campo de futebol ao ar livre no terraço e uma pista de corrida;

• Instalações comerciais, hoteleiras e residenciais.

O próprio estádio também sofrerá alterações. Será criada uma nova fachada «mais fluida e dinâmica». A sua forma será redefinida com iluminação LED integrada que tece uma camada digital em toda a estrutura.

Vai, ainda, ser adicionado um novo quarto nível à infraestrutura, fora da arquibancada. Neste local haverá escritórios, de 6.800 m2 de espaço, com «maior capacidade e instalações comerciais». O objetivo, neste caso, passa por criar uma estratégia para «ativar» o Estádio da Luz além dos dias de jogo.

Este projeto conta também com um espaço de convívio para os adeptos, que poderá ser utilizado antes e depois dos jogos. Será um género de uma «praça para os sócios e adeptos». 

Localizar-se-á em frente à fachada principal do estádio e contará com uma medida de 100m x 40m. Estima-se que esta praça terá capacidade para acolher dez mil pessoas, sendo que contará com restauração, lojas, esplanadas, cabine de DJ, ecrãs gigantes e pontes de ligação. 

Rui Costa fala de «um projeto à Benfica»

O grande destaque desta praça será a estátua de Eusébio, que será «cuidadosamente transferida» do local onde se encontra para a entrada principal da praça.

O «Benfica District» estabelece-se, também, por princípios de sustentabilidade. Painéis fotovoltaicos no telhado da arena, telhados “verdes”, captação de água da chuva e estratégias paisagísticas que apoiem a resiliência ecológica farão parte do projeto.

Rui Costa, presidente do clube, fala de «um projeto à Benfica». O dirigente aponta para tudo estar pronto a tempo do Mundial de 2030, que Portugal vai organizar em parceria com Espanha e Marrocos. 

«Este é um projeto ambicioso e estratégico, a pensar nos sócios, nos adeptos e no clube, que pretendemos começar a concretizar de imediato, para criar melhores condições no estádio, para as modalidades, para projetar o Benfica ainda mais no país e no mundo como a grande referência desportiva de Portugal e a tempo de estar concluído para as grandes competições internacionais que o país vai acolher. É um projeto à Benfica, que gera melhores condições para a competição, para experienciar o Clube e para acolher quem quer viver o que é ser parte da Chama Imensa, do maior de Portugal. É uma aposta para nos fazer mais fortes, mais valiosos e ainda mais liderantes», afirmou o líder benfiquista, numa nota enviada à comunicação social.