Jorge Jesus: "A equipa teve um nível alto"

 

"Acabámos por ser muito eficazes", assim reconheceu Jorge Jesus na sua intervenção, em conferência de Imprensa, ao abordar a vitória do Benfica (0-5) no Estádio de São Miguel, casa do Santa Clara.

Com cinco triunfos em outras tantas jornadas da Liga Bwin, as águias lideram com 15 pontos. O técnico, no final da partida, elogiou a melhoria exibicional nos segundos 45 minutos, reconheceu o altruísmo de Lucas Veríssimo em ajudar o coletivo após várias horas de viagem e explicou as alterações feitas na frente de ataque.

Eficácia e goleada

"O objetivo deste jogo, como de todos, é somar três pontos. Ganhámos num estádio difícil, contra uma equipa forte e bem organizada. Na primeira parte, o jogo foi muito confuso. O Santa Clara não deixou o Benfica entrar no jogo, dividiu a partida. Isso faz parte do futebol. O futebol moderno não é uma ciência exata, nada nos diz que vamos jogar os 90 minutos a dominar o adversário. Isso não acontece, porque as outras equipas também sabem jogar, como é o caso do Santa Clara. Acabámos por fazer o golo numa saída forte, um bom golo do Rodrigo Pinho. Ao intervalo falámos e corrigimos algumas coisas. Acabámos por ser muito eficazes e vencemos. Depois de o resultado estar mais fácil, e com as modificações que fizemos, a equipa teve um nível alto. Todos os jogadores mexeram com o jogo."

Melhorias para a segunda metade

"A mudança na segunda parte não foi só do Everton, ou pela entrada do Rafa. Todos os jogadores modificaram face ao que tinham mostrado na primeira parte. Melhorámos com os golos marcados, porque fizemos cinco remates à baliza e fizemos cinco golos."

A estreia de Valentino

"O Valentino entrou bem no jogo, jogou meia hora. Nota-se que é um jogador com conhecimento forte dos vários momentos do jogo, com qualidade. Mas também ainda não sabe o que a equipa quer coletivamente e ao nível de estratégia. Vem para somar e estamos contentes com a chegada dele."

Lucas Veríssimo disponível para ajudar

"O Lucas Veríssimo estava no limite do risco ao nível da lesão. Do onze inicial, o Lucas [Veríssimo], o João [Mário] e o Vertonghen, sem contar com o Odysseas, foram os que jogaram nas seleções. Todos os outros não os pus a jogar e não foi por acaso. Isto deveu-se ao facto de o plantel ter muito valor, com todos os jogadores com qualidade igual. Faço alterações e a qualidade mantém-se. Isso nota-se nas grandes equipas, que é o caso do Benfica. Quero agradecer [ao Lucas Veríssimo] por estar prestável para a equipa. Colocou-se logo ao dispor caso chegasse a tempo do jogo. Assim tomei essa decisão, porque vi o jogo do Brasil com o Peru e vi a intensidade. É com este espírito coletivo que se conquista títulos."

Modificações no ataque

"Eu sabia que ia tirar um dos avançados ao intervalo. Ou saía o Darwin, ou saía o Rodrigo Pinho, que até fez golo. Optei pela saída do Rodrigo Pinho, por uma questão tática do jogo e pelas características de um e de outro. Rodrigo Pinho saiu ao intervalo por opção minha."

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