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EDIÇÃO DE SEXTA-FEIRA, 19 DE ABRIL 2024

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Domingos Soares de Oliveira: "Existimos para ter sucesso no relvado"


 

Domingos Soares de Oliveira participou, nesta quarta-feira, na conferência Sports Talks, organizada pela Nova School of Business & Economics (Nova SBE). O CEO do Sport Lisboa e Benfica respondeu a questões relacionadas com o passado, presente e futuro do Clube e defendeu ainda a aproximação e entendimento entre os clubes como forma de reforçar o poder português na Europa.

Em Carcavelos, Domingos Soares de Oliveira fez a comparação entre o Benfica atual e o de 2004, lembrando que "foi um projeto desafiante". Durante a conferência, o CEO encarnado sublinhou que a aposta na formação faz parte do modelo estratégico do Clube e falou ainda sobre os projetos internacionais do Sport Lisboa e Benfica.

Domingos Soares de Oliveira na Conferência Sports Talks

Benfica, 17 anos depois…

"O Benfica, em 2004, era, por assim dizer, um projeto desafiante. Estávamos sem conquistar títulos há dez anos, não tínhamos nenhuma academia, não havia nada montado com base numa estrutura profissional. Era tudo feito pelas pessoas que tinham sido eleitas e que só podiam trabalhar no Clube depois de saírem do trabalho, às 18h00. Foi um projeto realmente complicado. Havia algo positivo, que era o Estádio, mas era um estádio que não estava pago e não havia dinheiro nenhum. O Clube estava na bancarrota e foi mesmo complicado. Nos dias de hoje, temos um grupo com mais de dez empresas diferentes, temos o Estádio e uma academia que é das melhores do mundo, temos um departamento de formação que desenvolve jovens jogadores com muito talento... Posso dar o exemplo da final da Liga dos Campeões deste ano, onde vamos ter quatro jogadores formados no Benfica. Temos também um grupo de media e um departamento de expansão internacional… Portanto, neste momento, funciona como uma empresa multinacional. Isto apesar de a paixão ser igual, tanto em 2004 como em 2021."

"Neste momento funcionamos como uma empresa multinacional, mas a paixão é igual à do Benfica de 2004"

"Trabalhamos para ter sucesso dentro do campo, já era assim em 2004 e continua a ser assim em 2021. Quando o objetivo é vencer no campo e, sobretudo, quando se joga ao mais alto nível, é preciso ter talento e saber segurar o talento. Esta parte é crucial. O facto de termos vindo de uma situação onde as receitas eram de 45 milhões de euros para agora serem mais de 300 milhões – foi assim há duas épocas –, permite-nos conseguir jogadores com mais qualidade, e, com eles, temos mais oportunidades de triunfar."

Domingos Soares de Oliveira na Conferência Sports Talks

Formação e captação de talento

"Uma das coisas que resultaram do estudo que fizemos em 2015 é termos boas práticas, coisas que são inovadoras. Mas o mercado português é muito pequeno. Portanto, estas boas práticas aplicadas em mercados maiores podem dar muito resultado. Dou apenas um exemplo: se fizermos o que fazemos em Portugal – que tem 10 milhões de habitantes –, num país que tenha dez vezes a dimensão do nosso, a possibilidade de ter sucesso é maior. Nós temos pessoas, processos e tecnologia, que são coisas fundamentais para qualquer um destes projetos. E depois, para além de fazermos bem as coisas, é a captação de talento. É mais fácil eu conseguir identificar talento em termos internacionais se efetivamente tiver uma presença em determinados mercados estratégicos. Não está nos nossos horizontes, mas apenas para exemplificar: o Uruguai tem três milhões de habitantes, mas a quantidade de jovens jogadores que tem no modelo organizativo permite produzir muito talento para o mercado mundial. É basicamente assente nestas duas prioridades que estivemos a trabalhar. Tivemos um ano de paragem porque praticamente não se podia viajar, mas é uma matéria que temos intenção de retomar assim que possível, espero que já no final do verão."

Domingos Soares de Oliveira na Conferência Sports Talks

Projetos internacionais

"Muitas vezes fazemos alguns trabalhos internos em que identificamos todas as pessoas que têm interesse e que se interessam pela nossa atividade. Não apenas a pessoa individual, mas também coletiva: os adeptos, os media, os patrocinadores… Sempre que falamos com estes stakeholders [grupos de interesse] – por exemplo, os nossos parceiros financeiros, que poderiam não estar interessados no nosso sucesso –, todos começam a falar pelo sucesso do Benfica porque sabem que é para isso que existimos. Existimos para ter sucesso no relvado e, obviamente, para proteger aquilo que é o nosso balanço, temos de fazer as coisas com cabeça, tronco e membros para não deteriorarmos o nosso Clube. Por exemplo, enfrentar esta crise que enfrentámos ao longo deste último ano/ano e meio seria impossível se não tivéssemos uma estrutura suficientemente enorme em termos de balanço. Foi isso que fomos criando ao longo do tempo. Perspetivando um bocadinho o que aí vem, acredito que se todos os clubes trabalharem mais no sentido de protegerem aquilo que são os seus ativos, os sócios e adeptos estarão mais satisfeitos e as hipóteses de vencer no relvado serão naturalmente maiores. Ainda recentemente vimos clubes históricos desaparecer porque não foram tomadas as medidas necessárias para proteger estes ativos."

"Enfrentar a crise do último ano seria impossível se não tivéssemos esta estrutura"
Domingos Soares de Oliveira na Conferência Sports Talks

Superliga

"Para sermos um clube importante na indústria do futebol a nível europeu, não precisamos de desistir da nossa identidade. Por exemplo, clubes como Barcelona, Real Madrid, Benfica, FC Porto ou Sporting são considerados pelos sócios como clubes que pertencem aos sócios. A reação que vimos dos adeptos do Reino Unido, quando a Superliga foi lançada, mostra que nunca se poderá esquecer o poder e a importância dos adeptos. Podemos fazer sempre melhor e considerarmos que, em termos de receitas, temos estado no top 20/30, mas que, em termos de desempenho desportivo, temos estado muito acima disso. Por isso, não se trata apenas de atirar dinheiro para cima da mesa, é preciso ter uma estrutura diferenciada, uma mentalidade diferenciada. O projeto da Superliga é algo que está a ser debatido há mais de 20 anos. A primeira vez que falei sobre a Superliga com a UEFA foi quando jogámos os quartos de final com o Bayern Munique em 2017, altura em que a Superliga estava a ser debatida dentro da ECA [Associação Europeia de Clubes] e com a UEFA. Por isso, era uma discussão aberta. Não era algo que estivesse a ser preparado nos bastidores por 12 iluminados que apareceram com uma solução que não considerava o resto do futebol. Por isso, sim, debatemos o projeto da Superliga há uns anos com a UEFA. Estávamos a debater de forma aberta. Sou completamente contra, o Benfica é completamente contra que esta Superliga seja preparada sem que os restantes soubessem o que se estava a passar, mas, se tivermos em conta os objetivos dos investidores, espacialmente considerando que a maioria deles são americanos, temos de compreender por que motivo o fizeram. Não se pode apenas dizer que é injusto ou uma vergonha. Tem de se compreender qual é a predisposição mental. Para eles, o que é importante considerar é o seu negócio. E acho que os clubes em Portugal deviam pensar um pouco mais 'fora da caixa' e dizer: 'Temos de competir no relvado, mas, fora do relvado, temos de nos manter unidos e defender a nossa indústria.' 

"O Benfica é completamente contra que esta Superliga seja preparada sem que os restantes soubessem"
Domingos Soares de Oliveira na Conferência Sports Talks

Clubes portugueses nas competições europeias

"Como clubes portugueses, temos de ter uma presença mais regular nas competições europeias. É preciso criar mais capacidade competitiva a nível nacional no plano internacional. Os representantes de Portugal têm sido sistematicamente o Benfica, o FC Porto, o SC Braga, o Sporting, e, de vez em quando, o Vitória de Guimarães, o Rio Ave... Precisamos que o número de clubes que soma pontos para Portugal seja maior e, portanto, precisamos de criar uma estratégia. Os clubes têm de se entender entre si, precisamos de criar uma estratégia para ter mais clubes no contexto europeu e que tenham mais sucesso. Para isso, os clubes precisam de se entender, o calendário precisa de ser adaptado para que estas hipóteses de sucesso aumentem. Todos temos a beneficiar e todos temos de reconhecer que aqueles que não estão nas competições europeias também tiveram um papel importante para que os grandes tenham sucesso e também devem ser, de alguma forma, compensados por isso."


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