UMA "ÉPOCA BRILHANTE", SEGUNDO JOÃO TRALHÃO

Um percurso notável da equipa de Juniores do Benfica, comandada por João Tralhão, culminou na conquista do Campeonato Nacional.

No momento de analisar uma época de sucesso, o treinador, em entrevista à BTV, salienta o trabalho e a dedicação dos jogadores.

O título, que era o mais desejado, está conseguido. Que balanço se pode fazer?

Tínhamos o título em mente desde o início do Campeonato, mas nunca nos esquecemos do objetivo principal deste escalão. Há sete anos que estou neste patamar como treinador principal e sempre tivemos a mesma linha orientadora: em primeiro lugar fazer crescer os jogadores e em segundo lutar pelos títulos coletivos, que não estão desassociados, os dois ajudam-se mutuamente e neste final da temporada fazemos um balanço positivo.

Do ponto de vista coletivo, mais positivo não podia ser: fomos campeões duas jornadas antes de terminar o Campeonato e fizemos uma época brilhante. No plano individual os objetivos também foram concretizados, muitos jogadores atingiram níveis que não estavam à espera e prova disso é que no final da época conseguimos ver vários casos que demonstraram todo o seu desenvolvimento.

E muitos jogadores renovaram por cinco anos...

Sim, exatamente. Esse é mais um indicador, mas não é o único. As seleções nacionais estão preenchidas por jogadores formados no Benfica e esta época, de facto, foi muito positiva a esse nível.

Penso que todos os jogadores conseguiram atingir os objetivos individuais, que era no fundo o mais importante, mas nunca esquecendo o grande objetivo coletivo, que era o Campeonato, e é aí que eu quero pegar no balanço final. A equipa sempre acreditou desde o início.

Quando o João e a equipa técnica planearam esta temporada, pensaram ser possível e atingir o que foi atingido, tendo em conta sobretudo a idade dos jogadores?

Quem carrega este símbolo ao peito tem sempre ambições muito próximas do topo ou o topo mesmo. Queremos sempre o melhor, os títulos, todas as competições, queremos ser o melhor possível.

Sabíamos que ia ser uma época exigente, difícil, com muita gente jovem, um plantel composto maioritariamente por jogadores de Sub-18. Sabíamos que tínhamos de trabalhar o dobro para atingir o nível das outras equipas e foi isso que fizemos.

Junto a nós, na parede, temos imagens de João Cancelo, Bernardo Silva, Fábio Cardoso, João Nunes, campeões de Juniores em 2012/13... É possível fazer uma comparação de gerações?

Nunca é possível, são gerações distintas, como todas as outras, mas há aqui alguns pontos em comum. Esses nomes obviamente fazem os meus olhos brilhar. Mais importante do que o título conquistado há cinco anos é saber o nível onde eles estão hoje em dia.

É incrível?

É, de facto. Eu estou a olhar para eles [nas imagens da parede] e tenho a felicidade de poder falar com eles regularmente, e falamos sobre tudo isto. É curioso porque aquilo que lhes digo hoje dizia-lhes há cinco anos. Obviamente que o título para nós era tudo, mas aquilo que eu queria mesmo era vê-los a jogar ao mais alto nível.

Semelhanças?... É que possamos daqui a cinco anos estar a falar destes meninos que conquistaram o Campeonato e que já estejam a passar pelo Estádio da Luz, a jogar ao mais alto nível, para um dia atingirem um patamar ainda mais elevado.

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