Eusébio galardoado com a Bola de Ouro
Completam-se neste sábado, dia
27 de dezembro, 60 anos sobre a atribuição a Eusébio, por parte da revista France Football, da Bola de Ouro.
Um galardão que distingue o melhor jogador europeu do ano, tendo sido o Pantera Negra o primeiro jogador de Portugal a recebê-lo, ele que também se mantém como o único Bola de Ouro nacional enquanto jogador de um clube português.
Desde 1961/62, a época de afirmação de Eusébio no Benfica, culminada com as celebrações da conquista da Taça dos Clubes Campeões Europeus, que o astro nascido em Moçambique figurava na ribalta do futebol europeu.
Aos 20 anos de idade, ficou em 2.º na votação para a Bola de Ouro. Nas duas épocas seguintes foi o 5.º e o 4.º mais votado, firmando-se como uma das figuras cimeiras do panorama futebolístico europeu. E eis que, em 1965, foi o preferido do painel de votantes, constituído por jornalistas de publicações europeias.
Nesse ano de tricampeonato benfiquista e da 4.ª presença das águias, em 5 temporadas, na final da Taça dos Clubes Campeões Europeus, apontou 53 golos em 38 jogos oficiais. Foi o melhor marcador do Campeonato Nacional, com 28 tentos em 20 partidas, e fez o gosto ao pé em 9 ocasiões no percurso europeu (9 jogos, máximo goleador da edição da prova), incluindo aquele que é considerado um dos seus melhores golos da carreira (na Luz com o La Chaux-de-Fonds) e um bis ao Real Madrid nos quartos de final, repetindo o feito da final da Berna em 1962.
Na época seguinte, Eusébio já levava 19 golos em 13 jogos até à data do anúncio da atribuição do prémio. O astro benfiquista soube da notícia através da rádio, acompanhado pela sua esposa: "Vinha no carro, já tinha deixado o Coluna mais a mulher, quando abri a rádio é que ouvi essa notícia. Fiquei muito satisfeito, emocionado, tive de parar o carro com a alegria, estava a chorar. A minha mulher é que me aconselhou a parar o carro. Agora tenho de procurar jogar o mais possível, e, com a ajuda dos meus companheiros, em 1966 oxalá o Benfica jogue bem e ganhe a Taça dos Campeões Europeus e o Campeonato Nacional."O desejo de Eusébio não se concretizou no que respeita a títulos coloridos a vermelho e branco, mas o seu desempenho a nível individual (voltou a ser o melhor marcador da Taça dos Clubes Campeões Europeus) continuou num nível bastante elevado, ficando o ano marcado pelo 3.º lugar alcançado pela seleção nacional no Mundial de Inglaterra, no qual Eusébio se sagrou o máximo goleador da competição com 9 tentos em 6 jogos (e já marcara 7 dos 9 golos de Portugal nos 6 jogos da fase de qualificação).
Não obstante mais uma extraordinária temporada, Eusébio terminou na 2.ª posição da votação promovida pela France Football em 1966, a 1 ponto do vencedor, Bobby Charlton. Note-se que o jornalista luso correspondente da revista francesa não o incluiu entre as suas escolhas, um facto notado pelo jogador português: "Sofri um choque inesperado, ao perder por 1 voto a eleição para melhor jogador europeu do ano. O mais incrível é que o correspondente da France Football em Portugal nem 1 voto me deu e podia dar-me 5."
Foi ainda 5.º em 1967, 8.º em 1968 (não se deixando de estranhar, pois disputou nova final da maior prova europeia e ganhou a primeira edição do prémio Bota de Ouro, instituído pelo L’Équipe, com 42 golos marcados no Campeonato Nacional 1967/68), e 7.º em 1973, época de 40 golos marcados na caminhada invicta do título nacional benfiquista e nova Bota de Ouro.













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