Rui Costa não esquece Liga e Taça de 2024/25: "Soubemos tirar as devidas ilações e consequências"

 Presidente encarnado deixou mensagem de esperança no relatório e contas

Rui Costa, presidente do Benfica, escreveu mensagem na apresentação do Relatório e Contas de 2024/25 da SAD, no qual se congratulou pelos resultados financeiros da sociedade encarnada, abordou a política de contratações e comentou ainda outros temas, como a I Liga e a Taça de Portugal que fugiram às águias na época mencionada.

A mensagem de Rui Costa na íntegra:

Conquistar títulos no plano nacional e chegar o mais longe possível nas competições europeias são os objetivos definidos por esta administração em cada temporada. Para tal, construímos plantéis competitivos, capazes de sustentar legítimas aspirações, salvaguardando sempre a indispensável sustentabilidade financeira e económica da SAD

Ao longo deste mandato alterámos de forma estrutural o paradigma do investimento em direitos desportivos, reduzindo significativamente o número de atletas registados no nosso ativo, mas elevando a competitividade e o valor económico do plantel. Na época 2024/25 conquistámos a Taça da Liga, chegámos aos oitavos-de-final da Liga dos Campeões – já no novo formato – e atingimos idêntica fase no Mundial de Clubes, nos Estados Unidos, cimentando o prestígio internacional do Benfica.

Estivemos igualmente até ao fim na disputa do Campeonato e da Taça de Portugal que, por razões conhecidas, nos escaparam e soubemos tirar as devidas ilações e consequências do que se passou.

O arranque da nova temporada reflete bem a nossa ambição e a responsabilidade com que assumimos o legado histórico do Clube: vencemos a Supertaça e garantimos o apuramento para a Liga dos Campeões.

Etapas importantes no afirmar de uma política desportiva que pretende lutar por todas as competições nacionais e relevar o Benfica como o clube português mais bem-sucedido na Europa nos últimos anos, ocupando um lugar de distinção no ranking da UEFA e sendo o primeiro fora das chamadas Big-5.

No futebol de formação, destacamos a melhor classificação de sempre da equipa B, a conquista do primeiro troféu no escalão sub-23 e o feito inédito de vencer, na mesma temporada, os campeonatos nacionais de juniores, juvenis e iniciados.

Renovámos ainda a aposta nos talentos formados no Clube, com vários jogadores “Made in Benfica” a fazerem a sua estreia na equipa principal.

No futebol feminino, realce para o pentacampeonato nacional conquistado, objetivo primordial numa temporada em que se concretizou a integração da vertente feminina na esfera da SAD. Uma decisão estratégica que ressalta o compromisso desta administração para com a modalidade e reforça o nosso objetivo de crescente afirmação europeia, a par do desiderato de continuar a vencer em Portugal.

No capítulo financeiro, o exercício fica marcado pelo lucro obtido, permitindo que os capitais próprios ultrapassem o valor do capital social, reflexo de uma situação económica e financeira robusta, singular a nível nacional e de referência no panorama internacional. O resultado líquido positivo de 34,4 milhões de euros é o melhor de todo o mandato e os capitais próprios estão agora nos 116,3 milhões de euros. Destaque, igualmente, para a redução do passivo e da dívida líquida, respetivamente 1,8% e 2,4%, cifras que indiciam uma tendência de diminuição, bem como para valores históricos nos rendimentos operacionais sem direitos de atletas, que crescem 30,6%.

Para este crescimento muito contribuíram o desempenho desportivo na Liga do Campeões e no Mundial de Clubes, mas também as receitas de matchday que atingiram máximos absolutos, tanto na bilhética como na área corporate, prova do entusiasmo e da paixão que o percurso desportivo do Benfica continua a merecer junto dos adeptos.

Por fim, uma nota estruturante: a Benfica SAD apresenta o melhor resultado de sempre em rendimentos operacionais com direitos de atletas, aproximando-se, pela primeira vez, da barreira dos 350 milhões de euros. Trata-se de um marco relevante, com valores recorde em todas as linhas de receita, que confirma o bom caminho seguido na ambição legítima de chegar aos 500 milhões de euros a médio prazo. Em suma, resultados que corporizam e comprovam a sustentabilidade económica e financeira da Benfica SAD e permitem continuar a investir de forma criteriosa no reforço do plantel, em linha com as elevadas aspirações e grandeza do Sport Lisboa e Benfica."