"Vitória justa e uma exibição consistente"
Agradado com a "consistência" do futebol apresentado pelas águias, Bruno Lage considerou "justa" a vitória do Benfica frente ao Famalicão (4-0), em jogo da 18.ª jornada da Liga Betclic, disputado nesta sexta-feira, 17 de janeiro, no Estádio da Luz.
O técnico encarnado enalteceu que a equipa "estava em dívida para com os adeptos", pelo que a mostra da (8.ª) Taça da Liga recentemente conquistada foi uma primeira forma de retribuição. A outra, explicou Bruno Lage, foi a "boa exibição, com 90 minutos em que a equipa foi consistente" e onde conseguiu "criar imensas oportunidades de golo", começou por referir à BTV, antes de desenvolver outras temáticas na conferência de Imprensa.
A DÍVIDA E A Consistência "Foi uma vitória justa, uma exibição consistente da nossa parte, com quatro golos. Um adversário também difícil, com uma boa dinâmica. Por isso, estamos felizes. Felizes por proporcionarmos dois momentos muito bons. Primeiro, porque mostrámos o troféu... Estávamos em dívida com os nossos adeptos, principalmente pelo último jogo em casa [frente ao Braga, a 4 de janeiro]. Acho que foram 90 minutos muito consistentes da nossa parte, com o futebol e com a dinâmica ofensiva que eu pretendo, que eu gosto, que eu sei que os adeptos gostam, com imensas oportunidades e com muitos golos. Por isso, olhando para aquilo que nós fizemos, e olhando para o adversário, pela réplica que deu, somos uns justos vencedores e estamos felizes pela exibição. E por oferecer, quer o troféu, quer a exibição aos nossos adeptos."
BOAS RESPOSTAS E DISPONIBILIDADE PARA EVOLUIR
"Temos sempre [aspetos a melhorar]. Quando nós olhamos para o que fizemos aqui [no Estádio da Luz, frente ao Braga, a 4 de janeiro] há 15 dias e a aprendizagem que todos nós fizemos... Temos sentido uma evolução em todos os jogadores, e, curiosamente, você fala no Andreas [Schjelderup], eu falo no Barreiro. Tenho mencionado várias vezes o Barreiro, e hoje [sexta-feira, 17 de janeiro] faz um hat-trick, por isso aquilo que eu quero é isto: boas respostas de toda a gente, estarem sempre disponíveis para continuar a evoluir, e só assim é que podemos estar no bom caminho, quer como equipa, quer em termos individuais."
BARREIRO E A FORÇA DO Trabalho "Os golos do Barreiro foram importantes para o Barreiro, e o Pavlidis teve uma quota-parte nisso, de fazer movimentos para arrastar, para abrir espaço para o Barreiro. O Barreiro é interessante... É interessante, porque nós não conhecíamos o jogador. Infelizmente, penso eu, passado uma semana/15 dias de nós trabalharmos regularmente com ele – e porque também vai à seleção –, lesionou-se, e foi quando começámos a sentir que é um jogador com uma chegada à área muito interessante, nestas diagonais curtas. Tem trabalhado muito, e eu tenho falado muito. Quando vocês falam de uns, eu, volta e meia, vou metendo a 'colher' no Barreiro. Por isso, fiquei muito feliz por ele. Sabe porquê? Eu vou-lhe dizer. A minha primeira decisão quando cá cheguei foi tirar o Barreiro da equipa. Toda a gente dizia que, com o Tino [Florentino], o Barreiro não podia jogar. Quatro meses e meio depois, a força do trabalho do Barreiro, ele jogou, jogou numa posição mais adiantada no terreno, fez diagonais como eu gosto para dentro da área, e marcou três belíssimos golos. Por isso, mérito do jogador, e estamos muito felizes por ele, e não tirava nenhum golo dele para dar a outro jogador."
COLETIVO INDEPENDENTE DE INDIVIDUALIDADES
"A equipa hoje [sexta-feira, 17 de janeiro] esteve dependente do Barreiro, marcou os três golos... [sorrisos] Eu não tenho visto a equipa dependente de ninguém. A equipa é a força do coletivo. Agora, diga-me você [jornalista]. Há uns dias, há um mês, o Di María contribuía com golos, assistências, e dava uma dinâmica coletiva à equipa. Hoje, a equipa fica dependente do Di María... É nós sentirmos qual é o contributo que os jogadores podem dar à equipa. E felizes somos nós por, hoje em dia, ver jogadores como o Di María, como o Otamendi, com a qualidade toda que eles têm, a ajudarem outros jogadores a pertencer a um coletivo muito forte. É assim que eu vejo as coisas. Hoje, sobressaiu o Barreiro. Eventualmente, amanhã, vai sobressair outro jogador. O importante sempre é o contributo que cada um deles pode dar à equipa. Eu entendo a sua pergunta. Agora, quando qualquer equipa do mundo tem um jogador com a qualidade do Di María, tem de tirar partido disso, à direita, atrás do ponto de lança, à esquerda... O mais importante é nós olharmos para o coletivo e percebermos que é com a força do coletivo que as individualidades vão sobressair."
O TRABALHO DE PAVLIDIS DURANTE O JOGO "Todos eles merecem oportunidades pelo trabalho que têm vindo a fazer. Por isso, isto não é uma questão de oportunidade, o Arthur [Cabral] jogou o último jogo [Farense-Benfica, a contar para os oitavos de final da Taça de Portugal], marcou golo. A pergunta da BTV, na flash, foi que menos de 72 horas depois [do último jogo, na terça-feira, 14 de janeiro] estamos novamente a jogar. Nós refrescámos a equipa, e vamos refrescando à medida de quê? À medida do momento de cada um, mas também da estratégia do jogo. O Arthur [Cabral] fez um jogo muito bom, foi um golo muito importante em Faro. Hoje, o Pavlidis foi muito bom naquilo que nós tínhamos de fazer estrategicamente em termos defensivos. Ofensivamente, os movimentos e a dinâmica abrem espaços para outros jogadores. Tem uma assistência para golo [o 1-0, apontado por Barreiro], muitos movimentos verticais para dentro da área, como eu gosto de toda a gente da frente. Por isso, olhar sempre para aquilo que é o coletivo. Ele [Pavlidis] acaba por fazer um bom jogo. Um jogador normal faz um bom jogo e fica feliz, é normal. O ponta de lança também gosta de contribuir com golos. Só há um caminho: trabalhar, trabalhar, trabalhar. Hoje, ele teve muitos bons momentos, quer de movimentação sem bola para dar espaço a colegas, quer de assistências, assim como de finalizações, a proporcionar boas defesas ao guarda-redes adversário."
UM PLANO PARA TODOS OS JOGADORES"[Prestianni pode voltar a jogar em breve na equipa A?] Claro que sim, por isso é que ele está a jogar na equipa B. Eu tenho um plano para o Prestianni, que tem 18 anos. Por isso, tudo aqui, todos os jogadores têm um plano, ninguém é abandonado. E não é questão de ele voltar à equipa A, ele está na equipa A. Agora, temos um plano para toda a gente, e temos um miúdo de 18 anos como ele, que, quando começou foi titular, depois saiu da equipa; nas paragens FIFA foi à seleção, veio lesionado e esteve imenso tempo parado; infelizmente, há uma semana, voltou a lesionar-se, na mão... Há um plano para ele: trabalhar o máximo que puder e evoluir, no sentido que todos estão a evoluir, como hoje o Andreas [Schjelderup], o Barreiro e o [João] Rego, que fez uma arrancada fantástica pela direita e contribuiu para a jogada do quarto golo. Prestianni é um jogador fantástico, o Benfica apostou muito nele, tem 18 anos e fez um grande golo na equipa B [frente ao Leixões]. Não pudemos ver ao vivo, como já fiz anteriormente, mas estive a assistir na televisão. Gostei da exibição do Prestianni, vejo-o feliz no Benfica, e isso é que é o mais importante. O mais importante é que nós temos um plano para todos os jogadores e, agora, a parte deles, é eles não desistirem, continuarem a trabalhar, porque as oportunidades estão aí, como foram bem visíveis hoje no onze que apresentámos."
UM BREVE OLHAR SOBRE O BARCELONA
"É preparar da melhor maneira [Barcelona]. Nós, salvo erro, em 14 dias fizemos 5 jogos, vencemos um troféu, voltámos... a continuar na Taça de Portugal, vencemos mais um jogo do Campeonato e agora é olhar para outra competição. Sabemos que é um adversário difícil, mas temos tempo de falar sobre isso."
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