Final torto numa grande noite europeia
O Benfica fez o seu
Ultimo jogo em casa na fase de liga da Liga dos Campeões, recebendo o Barcelona na 7.ª jornada da competição. A equipa realizou uma grande exibição no Estádio da Luz (perante 63 225 adeptos), e Pavlidis assinou o seu primeiro hat-trick pelas águias. Porém, uma arbitragem penalizadora e um golo sofrido nas compensações colocaram injustiça no desfecho (4-5).
Para o jogo frente ao Barcelona, Bruno Lage apostou num onze apenas com uma alteração em relação ao anterior embate da equipa, com o Famalicão, para a Liga Betclic: Aursnes foi titular, no lugar de Barreiro. Assim, as águias entraram em campo com Trubin, Tomás Araújo, António Silva, Otamendi, Álvaro Carreras, Florentino, Aursnes, Kökcü, Aktürkoğlu, Schjelderup e Pavlidis.
Foi com um enorme espírito de união e de solidariedade que o Benfica abordou este duelo contra os catalães, sempre com um incansável apoio vindo das bancadas e que nunca deixou a equipa encarnada cair, carregando-a para uma exibição superlativa e de classe europeia.
Os blaugrana até se mostraram num remate de Lamine Yamal, de pé esquerdo, que acabou nas mãos de Trubin. Na resposta, um ataque fulminante das águias: passe longo de Tomás Araújo desde o meio-campo, Álvaro Carreras a cruzar da ala esquerda para o coração da grande área contrária, onde Schjelderup surgiu ao primeiro poste, mas foi Pavlidis que, aparecendo de trás, finalizou de forma letal (1-0, aos 2'). O esférico entrou junto ao poste esquerdo, e que explosão de alegria se viu e sentiu nas bancadas do Estádio da Luz! Embalado, o Benfica voltou a ter ocasião para faturar quando, aos 6', Álvaro Carreras desarmou Lamine Yamal e lançou nova ofensiva pelo lado esquerdo. O cruzamento seguiu, perfeito, para os pés de Aursnes, que desviou a bola, levando-a a passar muito perto do poste direito. Quase, quase 2-0. Já aos 9', e com espaço na área encarnada, Lewandowski disparou sobre a barra da baliza defendida por Trubin.
O jogo estava frenético, com ambas as equipas à procura do golo. Parada e resposta até que, aos 11', foi assinalada uma grande penalidade a favor do Barcelona: Balde conduziu e bola e caiu em disputa com Tomás Araújo. O árbitro ainda mandou bater um pontapé de canto, mas, chamado pelo VAR, decidiu-se por sinalizar penálti. Na conversão, Lewandowski não falhou (1-1, aos 13').
Apesar do contratempo, os jogadores encarnados mostraram garra e vontade de voltar a ferir os catalães. Pressão alta, linhas juntas e condicionamento da estratégia dos visitantes em todo o relvado foram as ações aplicadas. Aos 20', Trubin brilhou, ao fechar o caminho da baliza a Gavi, numa jogada que seria uma antecâmara do segundo golo do Benfica. Otamendi colocou o esférico em profundidade, e, após um choque entre Szczesny e Balde, Pavlidis arrancou para uma baliza deserta e encostou para o 2-1 (22').
O Benfica crescia e queria mais e mais, sentia a energia das bancadas a empurrá-lo, e voltaria a ameaçar aos 27': Aktürkoğlu cruzou para o lado esquerdo, onde Schjelderup só não conseguiu captar devido a um desvio para canto. No minuto seguinte, penálti para o Benfica! Grande abertura de Aursnes para Aktürkoğlu, que, na área, picou a bola sobre Szczesny e foi derrubado pelo guarda-redes. Na conversão do castigo máximo, Pavlidis foi exemplar e assinou o seu primeiro hat-trick com a camisola encarnada (3-1, 30').
Antes do intervalo, destaque para uma arrancada em força de Schjelderup, aos 33', com remate à entrada da área do Barça, e a bola a acabar nas mãos de Szczesny. Já no primeiro minuto de compensações da 1.ª parte, foi Lewandowski a servir Raphinha no lado esquerdo, com o brasileiro a rematar ao lado. A 1.ª parte terminou com o Barcelona a tentar forçar passagem para a zona mais recuada dos encarnados, mas a ver-se barrada sucessivamente por um trabalho coletivo defensivo irrepreensível e solidário da formação liderada por Bruno Lage. Por esse facto, pelos três golos apontados e por uma exibição de topo, a equipa do Benfica rumou ao intervalo sob uma forte ovação dos seus adeptos, claramente entusiasmados numa noite de gala dos encarnados: 3-1 era o resultado.
para a 2.ª parte, as mesmas equipas e o Benfica a regressar num registo similar ao apresentado nos 45 minutos iniciais. Depois de uma ameaça blaugrana (remate de Koundé, para defesa de Trubin, aos 49'), a águia abriu as asas, explorando a projeção atacante dos jogadores contrários. Assim, aos 52', Aursnes, no lado direito, meteu a bola à procura de Schjelderup, mas o esférico sobrou para Pavlidis, que rematou contra um defensor; no mesmo minuto, Aursnes atirou para defesa de Szczesny; e, aos 54', o médio norueguês voltou a ameaçar, aparecendo na cara do guardião polaco, servido de bandeja por Schjelderup, mas não conseguiu atirar para as redes. A Luz era um vulcão, mais uma vez, apesar da chuva intensa que caía.
Na primeira alteração para refrescar o coletivo, Bruno Lage trocou Aursnes por Barreiro. Aos 64', um contratempo para o Benfica: Trubin lançou a bola para o ataque, mas o esférico embateu, caprichosamente, em Raphinha e fez ricochete para o interior da baliza (3-2, aos 64'). Uma infelicidade que não foi mais do que um prelúdio para nova resposta encarnada. Quatro minutos depois, após uma arrancada de Schjelderup pela esquerda, a bola foi cruzada para a área dos blaugrana, onde Ronald Araújo, para se antecipar a Pavlidis, fez... autogolo (4-2, aos 68').
Aos 71', dupla modificação no onze benfiquista, com Di María e Bah a irem a jogo, saindo Schjelderup e Aktürkoğlu. O argentino posicionou-se sobre a esquerda do ataque; o dinamarquês colocou-se na ala direita, com Tomás Araújo, António Silva e Otamendi a fechar no corredor central mais recuado. A Catedral, sempre ao rubro nesta enorme noite europeia, continuou a carregar a equipa de Bruno Lage, num clima de união recíproca. Aos 78', nova grande penalidade para o Barcelona (queda de Lamine Yamal na área encarnada, com o árbitro a entender ter havido falta de Álvaro Carreras sobre o avançado) e nova conversão do castigo máximo por Lewandowski (4-3, aos 78').
De seguida, Kökcü e Pavlidis cederam os seus lugares a Rollheiser e Amdouni (80') no xadrez encarnado, pouco antes de um balde de água gelada na Luz. Eric García, de cabeça e em antecipação, fez o empate, respondendo a um cruzamento de Pedri (4-4, aos 86').
Mesmo assim, os encarnados não baixaram os braços e foram em busca dos três pontos, tendo uma grande ocasião para rubricar o 5-4, quando, aos 89', Amdouni lançou Di María. O camisola 11 surgiu na cara do guarda-redes, rematou, mas Szczesny conseguiu suster o esférico. O golpe de injustiça final veio com polémica de arbitragem, depois de uma situação em que deveria ter sido assinalada uma grande penalidade a favor do Benfica. Aos 90'+5', Di María cobrou um livre para o interior da área catalã, onde, após alguma confusão, Barreiro foi derrubado pelas costas. O árbitro não sancionou pontapé de penálti, mandou seguir jogo, e o Barcelona saiu em contra-ataque. Raphinha progrediu em velocidade pela direita, forçou a entrada na área encarnada e rematou para o 4-5. Mesmo com as reclamações, justificadas, do lado encarnado, e a análise posterior do VAR, a falta (para penálti) sobre o internacional luxemburguês não foi assinalada e o golo contou. O duelo terminaria logo a seguir.
O próximo jogo das águias será no sábado, 25 de janeiro, às 18h00, no Estádio Municipal de Rio Maior, frente ao Casa Pia, para a 19.ª jornada da Liga Betclic. Quanto à fase de liga da Liga dos Campeões, o Benfica fecha as suas contas na quarta-feira, 29 de janeiro, no Estádio da Juventus. A partida da 8.ª e última ronda da fase de liga da Champions League, que define a passagem à etapa seguinte da competição, começa às 20h00.
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