"A união da equipa em campo é uma prova cabal de que não há atritos"
Rui Costa, Presidente do Sport Lisboa e Benfica, falou à comunicação social, em Turim, após o jogo e o triunfo das águias (0-2) frente à Juventus, da 8.ª e última jornada da fase de liga da Champions. Um resultado que confirmou o apuramento para o play-off.
"Antes de mais, agradecer aos adeptos que aqui estiveram presentes, àqueles que acreditaram que nós passaríamos esta fase da Liga dos Campeões e que conseguiríamos chegar ao play-off, pela importância que tiveram mais uma vez no jogo, e é evidente que este jogo marcava muito daquilo que era um dos objetivos da época, que era passar esta fase da Liga dos Campeões, estar no play-off. Infelizmente, tivemos de o fazer na última jornada, mas fizemo-lo com todo o mérito. Pena alguns pontos que perdemos em casa, nomeadamente no último jogo. Estaríamos numa situação mais confortável, quiçá até nos 8 primeiros classificados, mas o primeiro objetivo desta competição está alcançado também", começou por dizer Rui Costa aos jornalistas, que logo avançaram com mais questões.
Ontem [terça-feira, 28 de janeiro] disse que ia esclarecer tudo, isto porque a tensão tem crescido muito desde sábado. A primeira pergunta que lhe faço nesse sentido de esclarecer é: porque é que havia adeptos numa zona restrita na garagem do Estádio da Luz? Porque é que foram autorizados a lá estar, porque estão também nesse momento da origem de todo este clima de tensão?Foi uma semana, não vou estar aqui a esconder, difícil. Quando o Benfica perde, é uma semana difícil. Passou-se esta história do áudio, o Bruno Lage já explicou o conteúdo, já explicou até tudo aquilo que tinha a explicar sobre essa situação. Em relação à sua pergunta direta, aquilo foi num parque de estacionamento do Estádio da Luz que está aberto, e estavam adeptos ali dentro, e não há, da parte de ninguém, a necessidade de se esconder. E acabou por ser uma conversa que depois, entretanto, foi gravada em áudio, como já houve muitas conversas no passado, não será uma situação nova, conversas com adeptos de uma forma tranquila, pacífica. O facto de ter sido naquele tom de voz não significa que tivesse sido uma conversa violenta, até porque, quando saíram dali, saiu toda a gente com o otimismo que se espera que haja no Benfica. Repito, numa zona que é um parque que está aberto – o jogo foi às 18h00, a equipa chegou ainda numa altura em que o parque está aberto –, foi uma conversa dentro daquele espaço, não foi uma situação em que foi autorizada determinada gente a entrar lá ou aquilo que seja. Ocorreu essa conversa, apareceu um áudio, se não tivesse aparecido um áudio, nem sequer se sabia do conteúdo de uma conversa que foi feita depois de um jogo, de uma derrota, onde há adeptos que estão mais desiludidos, um treinador que está mais chateado também pelo resultado, e que causou todo este, digamos assim, embaraço no meio da semana, mas que, como foi prometido, quer por Bruno Lage, quando fez a conferência de Imprensa, quer ontem por mim à saída do aeroporto, não teria implicações naquilo que é o relacionamento entre o treinador e a equipa. E eu acho que a prova foi cabal hoje.
Na sua opinião, a conversa de Bruno Lage, que foi tornada pública, não assumiu qualquer gravidade?
Não estou a dizer que não tenha criado o alarido que criou, portanto, criou o alarido que criou, e o melhor é evitar estes alaridos, como é óbvio. Mas a preocupação de muita gente e a afirmação de muita gente de que isso criaria um problema entre o treinador e a equipa, nós sabemos com quem trabalhamos, sabemos os jogadores com quem trabalhamos, sabemos o treinador com quem trabalhamos, e sabemos o relacionamento que ambos têm. E se havia alguma dúvida sobre isso... Provavelmente muita gente estava à espera, se o Benfica hoje não ganhasse, de apontar essa situação, e acho que a prova foi cabal daquilo que nós afirmámos.
Revê-se naquelas declarações de Bruno Lage?
Eu, sobre essas declarações e sobre aquilo que se passou, já falei com o Bruno Lage, já falei com a equipa, já falei com quem tinha de falar, e aquilo que nós pretendemos é que a equipa tenha estes comportamentos. E disso eu tenho a garantia absoluta, porque, se há coisa que é a minha vida, tem sido balneários de futebol. E, portanto, se há uma coisa que eu garanto aos adeptos do Benfica é que não há atrito entre treinador e jogadores. E, repito, se houvesse alguma dúvida sobre isso, a união que todo o grupo de trabalho teve em campo é uma prova cabal daquilo que eu estou aqui a afirmar.
Concorda com esta interação direta do treinador com os adeptos, que já aconteceu mais do que uma vez? Disse que não beliscou a relação do treinador com a equipa, mas beliscou-a com a Direção? Foi pressionado pela Direção para demitir Bruno Lage nestes dias? Eu ouço tanta coisa na Imprensa, há tanta gente a tentar tirar partido de qualquer episódio do Benfica que seja menos positivo, mas nós é que vivemos aqui dentro, nós é que sabemos quais são as relações aqui dentro, nós é que sabemos o que estamos a fazer, com quem estamos a fazer, e, nesse aspeto, eu estou muito à vontade para responder a toda a gente.
Mas este episódio não foi bom... Ou foi?
Mas eu já disse isso, eu já admiti isso.
Mas concorda então com esta interação direta?
É a primeira vez que isso acontece no Benfica ou nos outros clubes? A pergunta que eu vos faço... Eu sei que vocês é que fazem as perguntas, e eu dou as respostas, mas é uma coisa tão anormal quanto isso? Até pela estrada, muitas vezes, o Presidente vai, o treinador vai, os jogadores vão, até pela estrada há estas conversas com adeptos.
Sim, mas, se fosse ainda jogador, como é que iria reagir a estas críticas? Gostaria de as ouvir?
Tive algumas, tive algumas. As críticas feitas aos jogadores... Ponto n.º 1: O Bruno já explicou toda esta parte. Ponto n.º 2, vou repetir outra vez: acham que, se houvesse esse atrito, a equipa hoje tinha dado uma resposta como deu em campo? Se houvesse essa polémica que querem causar à volta disso, a equipa dava esta resposta em campo? Não, não dava. Se isto foi uma coisa que beneficia o Benfica, que beneficiou o ambiente? Não. Já disse que não. Agora, temos de saber ultrapassar também um episódio menos bom. E aquilo que nós temos de fazer para ultrapassar um episódio menos bom é responder em campo. E foi aquilo que a equipa fez hoje.
Este era um teste à continuidade de Bruno Lage, este jogo aqui em Turim?
Vamos lá ver. Eu sei, e essa parte também ninguém me ensina – também não quero ensinar todos os Benfiquistas, que todos vivem o Benfica como eu vivo –, mas eu sei o grau de exigência que é trabalhar neste clube. Agora, parece-me muito estranho que, de cada vez que o Benfica perde um ponto, ou de cada vez que o Benfica tem um episódio menos positivo, e vamos chamar menos positivo, tenha de se demitir o treinador, que tenha de se demitir o Presidente, que tenha de se demitir, daqui a bocado, também o roupeiro por uma situação destas. É verdade, [o Benfica] perdeu nove pontos nas últimas quatro jornadas, mas deixe-me lembrar a si e a todos os benfiquistas uma coisa. O Benfica entrou para esta temporada para disputar cinco competições. Cinco competições. E é bom que os Benfiquistas percebam isto, porque há muita gente a querer esconder isto, mas o Benfica entrou para este ano desportivo para disputar cinco competições. Uma delas ainda não começou, que é o Mundial de Clubes, e vale a pena recordar que o Benfica estará no Mundial de Clubes com todo o mérito também, porque foi feito com pontuação. Entrou nas três competições portuguesas em que entrou, ganhou a que podia ganhar. Só terminou uma ainda, ganhou a que podia ganhar, que foi a Taça da Liga. Está nos quartos de final da Taça de Portugal e está a seis pontos do 1.º lugar no Campeonato. Tem sido um Campeonato irregular da nossa parte, e, curiosamente, um Campeonato irregular até de todas as equipas. O Benfica ainda não perdeu nada daquilo que pode disputar, e já ganhou aquilo que podia ganhar. Se está tudo bem com isso? Não, não está tudo bem, porque hoje devíamos estar numa posição diferente no Campeonato, eu sou o primeiro a fazer essa exigência a mim mesmo. E a condenar-me a mim mesmo, porque o Benfica devia estar numa posição diferente. Mas já perdeu o Campeonato? Não, não perdeu, e vai lutar por ele até ao fim. Repito, é um ano diferente. É um ano muito diferente. Uma competição da Liga dos Campeões diferente, com mais jogos. O Benfica nos últimos... e aquilo que eu vou dizer, que os Benfiquistas entendam isto, não serve de desculpa, porque temos de fazer sempre muito mais, e, isto é a talho de foice, que o grau de exigência do Benfica é sempre muito grande. Mas lembrar que o Benfica, nestes 30 dias, com o jogo que tem de fazer ainda no fim de semana, em 30 dias, disputa nove jogos. É difícil manter uma regularidade com tantos jogos de três em três dias, sem se poder treinar, com um cansaço físico e mental enorme. Quero dizer com isto que é a desculpa para todos os problemas que o Benfica tem em termos de Campeonato ou para não estar à frente do Campeonato? Não, porque até começámos mal o Campeonato. Desde logo começámos mal o Campeonato. Mas quero dizer com isto também que, num Campeonato tão irregular como este – por exemplo, eu não me lembro de um Campeonato em Portugal onde os três grandes, a meio do Campeonato, já tenham de ter trocado de treinador. Não me lembro. Não sei se vocês têm um dado estatístico diferente do meu, mas eu não me lembro. Nunca aconteceu. Isto mostra que não é uma irregularidade só do Benfica. E, se quisermos ir mais longe, é uma regularidade até dos clubes europeus. E isto tem de ter alguma raiz. Dito isto, não serve de desculpa, e sou o primeiro a dizer que não está tudo bem. Assim como não estaria se estivéssemos agora a seis pontos na frente do Campeonato. No Benfica não estaria bem na mesma, porque o grau de exigência é muito. Mas o Benfica, neste momento da temporada – embora, repito, não esteja tudo bem, porque podíamos estar melhor no Campeonato –, aquilo que disputou, e aquilo que está a disputar, a única coisa que podia ter ganhado, ganhou. E nas outras está a disputar.
Em nome da estabilidade do Clube, concorda com esta interação direta? Diz que já aconteceu, e ainda não respondeu. Já me perguntou três vezes sobre a interação direta. Vou repetir aquilo que eu disse há bocado. Numa circunstância daquelas, da forma como vem cá para fora, se é uma coisa benéfica para o Clube, que ajudou ao ambiente? Não. Agora, se saímos do estádio e não falamos com os adeptos que estão ali a pedir explicações ou aquilo que seja, e eu compreendo os adeptos nessa parte, que estão tão revoltados como nós de não terem ganhado o jogo, se não o fazemos, é porque nos escondemos. Se alguém faz, é porque não devia ter feito. O episódio foi bonito da maneira como vem cá para fora? Não. Até porque ele vem muito truncado. Mas não vai influenciar aquilo que é o trabalho da equipa, aquilo que são os objetivos da equipa. Esse é o ponto fundamental. Pese embora haja muita gente a querer que isso não aconteça, não vai influenciar o rendimento da equipa, não vai influenciar a relação do treinador com a equipa, e vice-versa.
Atendendo à exigência do calendário, em termos de renovação do plantel agora em janeiro, vem mais algum jogador?
Vai haver acertos no plantel, como tem havido todos os anos, vamos procurar acertar aquilo que podemos acertar no mercado, que é também um mercado diferente dos outros anos, é um mercado que tem Liga dos Campeões pelo meio, é um mercado completamente diferente daquilo que foi nos outros anos, mas iremos...
Está a falar de vendas, saídas?
Estou a falar de um acerto do plantel para dar resposta àquilo que é esta época. Um deles já chegou, que é o Manu, e pode até segunda-feira, com certeza, entrar alguém e sair alguém. Vamos ver o que é que vem. Não vou adiantar, porque estamos com propostas em mão, estamos a trabalhar nesses dossiês, e até segunda-feira vocês irão saber.
Haverá reforço de segurança na Luz, a partir deste momento em que este áudio foi tornado público? Porque falamos de um homem que já foi condenado por apedrejar o autocarro do Benfica...
Eu agradeço essa pergunta. Também serve para responder a isso. Acha que o Benfica não tem segurança no Estádio da Luz? Acha que, se fosse uma conversa polémica, ou uma conversa que fosse de uma forma agressiva, ou que metesse em perigo o que quer que seja dos jogadores ou do treinador, que a conversa se tinha dado naquela área, e que os seguranças estavam lá e não faziam nada?
Teve conhecimento deste episódio antes ou depois da divulgação dos áudios?
Eu tive conhecimento deste episódio no final, não sabia sequer do áudio, como ninguém sabia do áudio.
Sim, mas Otamendi e Di María também disseram que não sabiam, mas, segundo Bruno Lage, estavam lá.
O Bruno explicou isso na conferência de Imprensa. Os jogadores estavam presentes. O que os jogadores não sabiam é que havia áudio. Provavelmente foi isso que eles disseram. Não sei, estou a dizer, não sei o que é que aconteceu.
E Rui Costa estava também naquela situação?
Não, não estava.
Já pensou em recandidatura? Quando é que vai tomar uma decisão?
Está a falar das eleições? Já vos disse mais do que uma vez. Eu percebo que haja muita gente a querer falar de eleições. Eu percebo que haja muita gente a querer falar de conflitos. Aos Benfiquistas, a única coisa que eu tenho a transmitir sobre isso, em relação às eleições, já o disse mais do que uma vez: eu estou focado, focadíssimo, naquilo que é a época desportiva do Benfica. Eu não posso pedir à minha equipa, aos meus treinadores, a todas as equipas que trabalham comigo, para estarem focados naquilo que é a época desportiva, e eu estar a pensar em eleições. Eu não vou estar a pensar em eleições. Há muita gente já a pensar em eleições. Acho que não é o timing, mas toda a gente é livre de o fazer. Agora, da minha parte, do Presidente do Benfica neste momento, a única coisa que tenho preocupação é pensar fazer o melhor possível para que esta época desportiva do Benfica não finalize apenas com o troféu da Taça da Liga. E é essa a minha convicção, e é para isso que vamos trabalhar.
Depois desta semana, o que é que pode prometer aos adeptos do Benfica? Máxima confiança. Aquilo que eu espero dos Benfiquistas é isto. Porque é verdade que há muita gente a tentar fazer de tudo para que o Benfica não chegue lá. Mas o Benfica sabe o que é que está a fazer. De cada vez que o Benfica perde um ponto, de cada vez que há um episódio, há muita gente a querer destabilizar aquilo que aqui dentro da casa não vão conseguir fazer. Neste momento estamos em quatro competições, temos quatro competições para jogar, uma já acabou, já ganhámos. A nível nacional temos mais duas, e queremos ganhar essas duas, chegar o mais longe possível na Liga dos Campeões e fazer um ótimo Mundial de Clubes.
O que está a deixar aos adeptos do Benfica?
As promessas? As promessas são de confiança, de extrema confiança como ainda hoje foi aqui e como os nossos adeptos aqui reagiram connosco.
Mas se fala em confiança, união e consistência nos resultados, o Benfica não tem tido essa consistência...
Eu já expliquei essa parte da consistência. É um ano em que não temos sido regulares, eu há pouco disse isso também. Se me perguntam se está tudo bem, apesar de eu ter dito que estamos em todas as competições, que é um facto, se eu estou contente, se está tudo bem, claro que não está tudo bem. Não estamos em 1.º lugar, logo por aí não está tudo bem. É preciso uma maior consistência da equipa em determinados jogos? É, sim, senhor. Isso é uma coisa que nós todos internamente temos falado e temos tentado resolver esse problema. É um ano complicado para todas as equipas, pelo número de jogos absolutamente exagerado que há para toda a gente. Não é um acaso aquilo que se está a passar no futebol português, e nós temos de saber reagir a isso, temos de ser melhores que os outros, e vamos fazer de tudo para ser melhores que os outros, e vamos ser melhores que os outros.
O capitão Otamendi disse ontem que há muitos problemas para resolver internamente. Isto quer dizer que a equipa acaba por estar beliscada por alguma coisa nesta altura, certo?
O que o Otamendi quer transmitir é exatamente aquilo que eu estou a transmitir aqui. Se não temos conseguido ter essa regularidade em termos de Campeonato, temos de resolver os problemas para conseguir essa regularidade. Eu acho que ele toca num aspeto em que todos nós tocamos, todos os adeptos tocam. E é por isso que o Benfica, de cada vez que perde um ponto, tem esse problema.
Este plantel e esta equipa técnica dão-lhe garantias de que o Benfica vai ser campeão nesta temporada?
Este plantel deu-me garantias de que o Benfica vai lutar pelo título até à última jornada, com certeza. E a minha convicção é que vamos ser campeões nacionais, como é óbvio. Mau era se eu estivesse aqui com este discurso e não tivesse a confiança, e a esperança, e o desejo, e a convicção de que vamos ser campeões.
Porque é que decidiu falar hoje aqui em Turim, e não falou no domingo com Bruno Lage?
Isso é uma pergunta que eu acho que é muito fácil de responder. Se o que estava a criar um certo alarido tinha sido um áudio do Bruno Lage, era natural que o Bruno Lage também tivesse essa necessidade de explicar uma conversa de meia hora truncada num minuto.
E porque é que o treinador não explicou logo tudo logo no domingo?
No domingo? O treinador explicou no dia a seguir. A menos que ele fizesse uma conferência de Imprensa às 3 da manhã.
Explicou algumas coisas no domingo, mas ontem ainda deu mais detalhes do que tinha dito no domingo.
Não me parece uma coisa anormal. O áudio saiu numa noite, e ele no dia a seguir deu a conferência de Imprensa para explicar um pouco aquilo que tinha sido o áudio, e explicar também em que contexto é que aquilo tinha acontecido. O Presidente do Benfica não tinha de falar em cima do treinador quando era uma coisa relacionada com o treinador. O Presidente do Benfica estava lá presente a dar todo o apoio ao treinador. Ponto final.
Para além da vitória, o que é que o Benfica leva de Turim?
Leva a contínua esperança com que chegámos até aqui também. É mais uma demonstração de que esta equipa tem muita força, de que é uma equipa que tem muita qualidade e que pode fazer um ano muito bom para o Sport Lisboa e Benfica. Temos muitas competições ainda para jogar. Estamos empenhados nelas todas e vamos lutar por elas todas. Disso não tenho a menor dúvida. Máxima confiança no trabalho desta equipa, e tenho a certeza absoluta de que os adeptos vão ser peça fundamental para chegarmos lá, como é sempre neste clube.
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