"Cabe-nos, uma vez mais, estarmos no nosso melhor"
Garantindo um coletivo
"motivado em fazer uma grande exibição" e focado nos objetivos, Bruno Lage lançou a receção do Benfica ao Estoril, em jogo da 15.ª jornada da Liga Betclic, agendado para as 18h45 desta segunda-feira, 23 de dezembro, no Estádio da Luz.
À espera de um "jogo competitivo", frente a um Estoril agressivo, "a procurar o ataque", o treinador asseverou, em conferência de Imprensa, no Benfica Campus, que cabe aos encarnados estarem no seu melhor para conquistarem "três pontos muito importantes" para aquilo que é o objetivo da equipa: "vencer e chegar ao final em primeiro".
Questionado sobre a situação de Arthur Cabral, Bruno Lage respondeu que só amanhã, segunda-feira, 23 de dezembro, se saberá se o avançado "está em condições, ou não, de se poder juntar à equipa no jogo".
Que género de jogo espera com o Estoril naquela que vai ser a despedida deste ano do Benfica do Estádio da Luz? Espero um jogo muito competitivo, porque tivemos a oportunidade de ver o Estoril e sentimos isso, que é uma equipa competitiva. Esperamos que se apresente num sistema de cinco defesas, mas agressivos, a procurar o ataque, a procurar as transições, sempre com o sentido também de provocar o adversário. E cabe-nos, uma vez mais, estarmos no nosso melhor, acreditamos nisso, fundamentalmente naquilo que vamos fazendo, e hoje também pelo treino que fizemos. E continuamos no nosso objetivo, que é de vencer o jogo, porque são três pontos muito importantes. A equipa está motivada em fazer uma grande exibição, a equipa está motivada em oferecer esta prenda de Natal aos adeptos, com uma boa vitória, com uma boa exibição e com golos.
É uma preparação, evidentemente, importante, porque o jogo com o Estoril representa a oportunidade de o Benfica fazer pressão e voltar a estar perto do topo. Pensou na sua gestão, pensou, também, no jogo com o Sporting, que terá pouco tempo depois? Arthur Cabral é opção para amanhã, para o jogo contra o Estoril?
A pressão está sempre presente e nós não temos de vencer para colocar pressão nos outros. Nós temos de vencer porque o nosso objetivo é vencer, porque o nosso objetivo é chegar ao final em primeiro. Esse é que é o nosso objetivo, por isso, aquilo que nós mais queremos é, realmente, fazer mais uma boa exibição perante os nossos adeptos e sentir que os nossos adeptos vão ficando satisfeitos com aquilo que a equipa vai produzindo a cada momento. O Arthur [Cabral], só amanhã [segunda-feira]. Vamos perceber se está em condições, ou não, de se poder juntar à equipa no jogo.
"Aquilo que nós mais queremos é, realmente, fazer mais uma boa exibição perante os nossos adeptos e sentir que os nossos adeptos vão ficando satisfeitos com aquilo que a equipa vai produzindo a cada momento" Bruno Lage
Já prometeu nesta época um futebol divertido, atrativo e que puxe pelas bancadas. Para quando esse futebol? Já nesta época, defendeu Otamendi quando ele foi muito criticado, mas disse também que não há estatutos, não há lugares garantidos. Pergunto se Otamendi, com esta viagem, com esta logística, perdeu a titularidade para António Silva?
Acho que a equipa tem realizado jogos muito bons. Grande parte, 80% dos jogos da equipa nos últimos três meses têm sido de enorme qualidade, a criar muitas oportunidades, a marcar golos. Acho que a equipa tem um registo e uma média de três golos. Por isso, esse acho que é o sinal mais importante que nós temos de ter. Agora, como disse, há momentos do jogo em que ainda não controlamos da maneira que eu gostava, mas são três meses de trabalho. Por isso, quando eu olho para os três meses de trabalho e para as vitórias e para as exibições que nós temos registado, acho que estamos satisfeitos, mas sempre com o sentido de querer mais. Sobre o Otamendi, isto é uma gestão tão natural, eu entendo as perguntas, entendo a curiosidade sobre o assunto, mas não é nada que não se tenha feito nos últimos três meses aqui, porque já houve vários atletas – curiosamente não foi do conhecimento público –, que já tiveram situações pontuais e pessoais para resolver e já prolongaram os dias de folga de dois dias para três dias para resolver essas questões, que na manhã de treino ainda estão a viajar e a equipa técnica está cá à tarde para treinar com eles; esta situação é pública. Por isso, aqui não há estatutos, há condições sobre as quais nós temos de ponderar. Por isso, este assunto do Nico [Otamendi] foi público, nós resolvemos da melhor maneira, assim como foram, e posso garantir nos últimos três meses que eu cá estou, três ou quatro situações muito semelhantes e aconteceu da mesma maneira. Por isso, eu não tenho de premiar quem fica cá a trabalhar, eu tenho é que, no dia de amanhã, a mesma situação, entender e tratar todos de forma igual.
No enquadramento dessa resposta, há muitos anos fiz um trabalho com José Mourinho e os jogadores diziam que muitas vezes Mourinho dava alguns dias de férias, e quando eles vinham sentiam e queriam dar o mundo pelo treinador e pela equipa. Acha que isto é importante para o jogador se sentir melhor e poder dar tudo? Por um lado o clube deu-lhe algo e, por outro, ele tem de corresponder?
É um sim, e um não. Por acaso, é curioso, porque eu também – não falei com o míster sobre isso –, li algumas coisas, em certos livros, que às vezes era uma semana. Por isso, isto é uma coisa tão natural, que acontece em todos os clubes, em todas as profissões, que o jogador não tem de dar nada extra. O mais importante foi que houve um assunto, em que já havia uma decisão antes de eu chegar, quando foi a oportunidade de eu perceber a situação, eu entendi a situação como já entendi, e repito, outras anteriormente, e concordei. Aquilo que eu quero é que ele [Otamendi] seja igual a ele próprio e que faça jogos como fez no último jogo [Nacional-Benfica], em que foi realmente uma grande exibição, e muito importante. Eu posso-lhe dizer, tivemos um jogador que após dois dias de folga pediu mais um dia de folga, porque tinha um assunto pessoal, familiar, que tinha de tratar, e, curiosamente, quando regressou, regressou com energia, com exibições muito boas e com golos. Por isso, eu entendo a curiosidade, mas, para nós, é um não assunto, porque acontece várias vezes. Este, como foi público, nós estamos aqui para justificar o que quer que seja, para esclarecer que isto não são exceções, mas, sim, situações em que temos de olhar para tudo e perceber se há condições para ajudar o atleta, ou não.
"Nós trabalhamos muito e é a minha ambição que a equipa apresente sempre um futebol atrativo" Este jogo surge antes do dérbi, há a situação da viragem do ano e atualmente o FC Porto é líder do Campeonato. Todos os jogos valem 3 pontos, mas, dado o momento, este pode ser o momento-chave da época do Benfica? Há uma maior preparação para este jogo com o Estoril, antes do dérbi, e depois dos outros que o Benfica tem pela frente no início do ano?
Eu acho que o Campeonato vai ser muito disputado até ao final. As três equipas, neste momento, estão muito próximas umas das outras e as jornadas que se seguem vão valer três pontos e, depois, vão-se repetir no final da segunda volta. Por isso, acho que vai ser um Campeonato muito disputado e que vai ser decidido no final. O que é importante é nós estarmos preparados e correspondermos a cada momento. Por isso, o momento é já amanhã [segunda-feira] e temos depois tempo para pensar no jogo seguinte. Mas de nada vale vencer amanhã se depois não vencermos o próximo. Por isso, nós trabalhamos muito e é a minha ambição que a equipa apresente sempre um futebol atrativo, como jogámos com o FC Porto, que neste momento é líder, e sentimos já naquela altura a qualidade do FC Porto. Como jogámos com o Atlético de Madrid, que curiosamente neste momento também é líder do Campeonato espanhol. E é isso que nós queremos. É nesse sentido de criar muitas oportunidades, de ter os nossos jogadores perto da baliza para criar oportunidades de golo. E a nossa ambição é essa, de trabalhar e fazer crescer a equipa em todos os momentos para sermos cada vez mais consistentes.
Ainda na questão do Otamendi, até porque estamos a falar capitão deste Benfica, quero saber como é que ele voltou, se já treinou hoje e como é que o viu enquanto jogador. Deduzo, por aquilo que disse há momentos, que não tem de premiar os que ficaram cá a trabalhar, que Otamendi será uma aposta amanhã, novamente, no onze do Benfica. Enquanto treinador, como é que se faz essa gestão dos que ficaram cá a trabalhar e que, talvez, um dia, também sejam eles a precisar sair?
O Nico [Otamendi] é capaz de estar a aterrar, agora, em Madrid, por isso nós estamos cá à espera dele para treinar. Quando eu disse premiar, não é em função de jogar, ou não, é, em si, ter dias livres, ou não, em função de uma situação particular. Aquilo que é importante é que neste momento foi o Nico, já tivemos três ou quatro situações pontuais em que isso aconteceu, como também já houve uma situação, por exemplo, agora, de um jogador que não estava possibilitado por ter o quinto amarelo e nós entendemos que ele merecia mais um dia de folga pelo trabalho que tem vindo a fazer, para recuperar e para se apresentar da melhor maneira. O premiar é nisto. Não é porque alguém não veio a um treino que vamos ter de criar uma folga extra para todos. É o grupo entender, e acho que isso é um não assunto dentro do grupo. Amanhã, jogadores em situações semelhantes, com assuntos que temos de resolver para o bem-estar do homem e do atleta, estão em circunstâncias idênticas à que esteve o Nico, que é público, e assim como estiveram mais quatro ou cinco situações que tivemos nestes últimos três meses. [Titularidade de Otamendi frente ao Estoril] Ainda não disse a equipa aos jogadores, amanhã [segunda-feira] de manhã vamos falar sobre isso, mas o mais importante é nós sentirmos que está toda a gente disponível e pronta para jogar. De três em três dias os jogadores têm de se mentalizar nesse sentido e de estarem prontos para corresponder.
O Benfica renovou contratos com alguns dos seus jogadores. Isso deixa-o mais tranquilo para continuar o resto do Campeonato, uma vez que em janeiro poderiam sair, ou não?Fico eu tranquilo e ficamos todos nós tranquilos. Não com algum receio de que saia algum jogador em janeiro, porque o Clube, se isso acontecer, está preparados para responder, mas sim de sentirmos que Presidente e Direção estão a preparar o presente e o futuro do Benfica. O Benfica acabou de renovar com o Fredrik [Aursnes] e curiosamente nos últimos quatro meses nunca apareceu nenhuma proposta para o Fredrik. Apareceram para os outros todos e nunca apareceu para o Fredrik. Por isso, temos sorte também nesse sentido, de não aparecerem propostas para o Fredrik.
Já o tinha referido na última conferência de Imprensa, e hoje já o referiu, que o Benfica tem uma média de três golos, desde que o Bruno Lage chegou, mas é algo que ainda não aconteceu nos últimos cinco jogos. Nota alguma falta de fulgor ofensivo e cansaço de alguns avançados e está a pensar algumas mexidas nesse setor, ou está tranquilo com esta menor capacidade finalizadora da equipa?
A média depende sempre do que é que... se nós olharmos só para o último jogo, temos uma média de dois golos por jogo. Eu faço a média daquilo que vamos produzindo. Mas, muito mais importante do que os golos, também são as oportunidades que criámos. Se olharmos para um determinado jogo, em função também dos registos e das aplicações, houve um jogo em que só tivemos uma oportunidade, quando tivemos várias. Mas, isso, vale o que vale. O mais importante, e eu vou responder diretamente: nós já vivemos isto com Seferovic, e não vamos falar de avançados, vamos falar dos pontas de lança, porque os avançados têm feito golos. Mas já vivemos isto com Seferovic, já vivemos isto com Vinícius e até mesmo com o João Félix. O João Félix, durante três ou quatro jogos não marcou golos, e depois, a seguir, fez um hat-trick fantástico com o Eintracht [Frankfurt]. O que é que é importante? É no dia a dia, no trabalho, estarem sempre com uma confiança enorme e determinados em continuar a evoluir, porque – e até recordo um bocadinho uma frase do Ronaldo –, isto às vezes é como o ketchup, e nós sentimos muita confiança nos nossos avançados, por aquilo que vão produzindo e por aquilo que vão produzindo no treino. Agora, também há o outro lado, e nós também tivemos alguns jogadores nesse período, que desistem, não é o caso. Nós tivemos aqui, não vou estar a falar em jogadores, que desistem, deixam de lutar, deixam de trabalhar, deixam de acreditar que conseguem mudar a situação. Não é o caso. Eu vejo Pavlidis, Arthur [Cabral], e eu gosto de incluir o Zeki [Amdouni] – porque eu acho que o Zeki também pode jogar nessa posição –, com determinação, com confiança, a querer evoluir para marcarmos ainda mais golos. Por isso, se eles estão confiantes, eu ainda passo mais confiança e que temos que estar mais tranquilos, porque nós jogamos em equipa, e aquilo que é importante é olhar para aquilo que a equipa vai produzindo a cada momento.
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