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Camisola Principal Benfica 24/25

Edição de sexta-feira, 25 de outubro 2024

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"A energia vinda do banco ajudou a resolver"


 

Alcançado o objetivo de marcar presença na final four da Taça da Liga, após o triunfo do Benfica sobre o Santa Clara (3-0), nesta noite de quarta-feira, 30 de outubro, Bruno Lage valorizou o trabalho coletivo das águias.

O treinador considerou que os encarnados tiveram uma boa entrada em jogo, perante um rival que se "fechou muito bem". "[O Santa Clara] Não nos deu o espaço que pretendíamos encontrar. Mesmo assim, podíamos ter feito golo numa ou noutra situação na 1.ª parte", avaliou, na entrevista rápida, à Sport TV.

Numa 2.ª parte que considerou "praticamente" do Benfica, o técnico destacou as substituições. "A energia vinda do banco ajudou a resolver o assunto. Tivemos várias oportunidades de golo. Objetivo cumprido, entre vários, e o mais importante é estar na final four", afirmou.

Ao ser questionado sobre Pavlidis, Bruno Lage abordou a gestão efetuada nesta partida dos quartos de final da prova, disputada no Estádio da Luz.

"É fundamental os jogadores perceberem a nossa liderança, a nossa forma de trabalhar e passarmos muita confiança para todos eles. Pavlidis não era o pior ponta de lança do mundo e, com certeza, pelos dois golos que fez, agora não é o melhor", referiu, acrescentando que "todos têm de continuar a trabalhar". "Toda a gente é importante para a equipa. É assim que quero que eles se sintam, e que quando olham para a equipa técnica vejam que temos de fazer esta gestão", vincou, reforçando que o rendimento dos jogadores em jogo e em treino faz com que se abra "o leque".

"O que pretendemos é que haja consistência, e a consistência vai surgindo em função do que [os jogadores] vão dando a cada momento", sustentou.

O golaço de Di María também foi relevado: "Quando se treina uma equipa como o Benfica, temos de estar satisfeitos com o talento que temos. Pode ser o Di María, que já passou dos [30 anos], o Andreas [Schjelderup], ou o Otamendi. É um talento enorme, mas o mais importante é o coletivo e todos eles sentirem confiança da nossa parte. Eles vão-me dando confiança e nós vamos fazendo o onze e as substituições em função disso", afirmou.

Encarando cada jogo como uma "final", Bruno Lage apontou ainda ao objetivo de vencer a Taça da Liga, competição muito importante, tal como o Campeonato Nacional e a Taça de Portugal, como reforçou no final da conferência de Imprensa.

Benfica-Santa ClaraA FORMA DE DESBLOQUEAR O JOGO "Foi da mesma forma que temos vindo a fazer desde que cá cheguei, com jogo coletivo, a procurar desmontar o adversário. Acho que temos uma entrada muito boa no jogo. Aos 2', temos uma oportunidade muito clara de fazer golo. A seguir, lembro-me perfeitamente da oportunidade do Arthur [Cabral], mais um ou outro momento ofensivo digno de registo, e depois, mais uma vez, ir buscar ao banco jogadores com enorme talento e uma vontade enorme de ajudar na exibição e no resultado. Fizemos algumas alterações em termos de posicionamento, criar dinâmicas diferentes nos corredores, e assim foi. Vencemos, acho que é uma vitória justa e o objetivo que pretendíamos era seguir em frente e estar na final four."

Benfica-Santa ClaraBIS E ASSISTÊNCIA DE PAVLIDIS" [Pavlidis: resposta a algumas críticas?] Não, ele não tem de responder às críticas. Ele tem de dar o seu contributo à equipa. Hoje [quarta-feira, 30 de outubro], foi mais visível o contributo dele à equipa, em termos estatísticos: soma mais dois golos e uma assistência. Mas o contributo dele tem sido muito importante, como é importante o contributo dos outros avançados. Os movimentos, os contramovimentos, são fundamentais para, por exemplo, desmontar uma linha de cinco, bem organizada, como foi a do Santa Clara. Por isso, é importante o contributo de toda a gente e, a jogar de três em três dias, com cinco substituições, é fundamental isto. É fundamental a equipa que entra, entrar com energia e perceber que, por vezes, não se consegue marcar de imediato e temos de continuar a circular a bola, a tentar desmontar o adversário e fazê-lo correr. Depois, ter o talento que nós temos. Independentemente de quem seja, saltar do banco e ajudar no resultado. Por isso, estou feliz por ele, mas, naquilo que são as missões específicas do ponta de lança – independentemente dos golos e das assistências, claro que são importantes –, ele tem de continuar a ter o rendimento que eu quero nas outras questões."

GESTÃO COLETIVA

"[Gestão de Di María?] Era questionado por jogar 90 [minutos] e agora vem uma questão por jogar 60 ou 70 [minutos]. O mais importante é o rendimento dele e dos outros, o Di María tem saído, como outros jogadores têm saído e entrado. Não há gestão em particular por ser o Di María, há uma gestão coletiva que tem de ser feita."

Benfica-Santa ClaraSISTEMA DE DOIS AVANÇADOS E AS SUBSTITUIÇÕES AO INTERVALO" [Renato Sanches?] Sobre a questão, não há nenhum problema físico, há, sim, a progressão em termos de minutos e de volume de jogo que nós temos de fazer com alguns jogadores. O Renato [Sanches] faz – penso eu, pelo menos no meu período – a primeira vez 45 minutos. Teve um bom rendimento, assim como o Zeki [Amdouni], e nós sabíamos que tínhamos de fazer esse controlo de alguns jogadores. Depois, foi aquilo que tentámos fazer, provocar dinâmicas, que acho que foram bem visíveis, quer à direita, quer à esquerda. Colocar mais um homem em cada corredor para tentarmos desbloquear a linha de cinco, aparecer com o sexto homem para procurar mais o espaço entre os defesas, e acho que o fizemos. A questão do sistema, eu entendo, mas ele [Pavlidis] foi, praticamente, ocupar a posição do Aktür [Aktürkoğlu]. São jogadores com características diferentes. Agora, ele é um jogador que procura muito e tem um desgaste enorme, quer nos movimentos em profundidade, quer nas vezes em que vem procurar o jogo entre linhas. Procura, também, movimentos na largura, é muito generoso em termos defensivos, e isso é o contributo dele. O importante é aquilo que tenho dito sempre – porque acho que o Zeki [Amdouni] também pode desempenhar esse papel na frente –, é nós termos jogadores com perfis diferentes. Um mais de área, cabeceador, outro com uma maior mobilidade, e um também muito forte a atacar o espaço na profundidade e rápido nas transições. É isso que temos de ter, eu gosto de ter três avançados assim e, depois, vou gerindo em função daquilo que eu acho que é o jogo e o momento de cada jogo."


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