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Camisola Principal Benfica 24/25

Edição de sexta-feira, 06 de setembro 2024

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EUSÉBIO
COLUNA
Benfica Glorioso

"Quero muito ganhar a liga europeia"


Descende de uma

antiga campeã de hóquei em patins que se viria a tornar no farol que guiou Raquel Santos a porto mais seguro e reconhecido do hóquei em patins feminino em Portugal. Uma equipa que recebe jovens jogadoras e as transforma em implacáveis máquinas conquistadoras. De títulos e de admiração.

Aos 18 anos, Raquel saiu do seu ninho, na Maia, e juntou-se à equipa com que sonhava, para conquistar os títulos que a mãe tinha conquistado, no mesmo clube, nos Carvalhos, em Gaia, que a formou e preparou para a alta competição. Tornando seu o sonho do avô, que não conseguiu praticar a modalidade, mas que projetou nas filhas e nas netas essa paixão pelo hóquei em patins. Tenacidade, energia, combatividade e um talento incomum fazem de Raquel Santos, aos 21 anos, uma das maiores certezas do hóquei em patins mundial. A hendecacampeã nacional deu-se a conhecer, um pouco mais, em entrevista ao programa Protagonista.

CHEGADA AO BENFICA

"Honestamente, não sabia muito bem o que ia encontrar. É verdade que conhecia as jogadoras, a sua qualidade, conhecia o Clube, a sua grandeza, mas não conhecia as coisas por dentro. Isso dá-nos sempre uma sensação de desconhecido, de alguma incerteza. Tive o apoio dos meus pais, da minha família, dos meus amigos, que me incentivaram muito a vir para Lisboa e juntar-me à equipa que é hegemónica em Portugal. Tinha esse desafio na minha cabeça, tinha esse sonho de me juntar a este clube, a esta equipa. Qualquer jovem jogadora, como eu, alimenta esse sonho de jogar com as melhores jogadoras e nas melhores equipas. E, em Portugal, só podemos encontrar isso no Benfica. Sempre foi a minha mentalidade, sempre fui muito competitiva, sempre me conheci assim, a querer ganhar. E, claro, sonhava em jogar no Benfica, imaginava-me a jogar no Benfica, a lutar por títulos. Não foi fácil a decisão de sair da minha zona de conforto, afastar-me dos meus amigos e, principalmente, deixar a casa da minha família. Só algo como o Benfica me faria mudar completamente a minha vida."

Raquel Santos"O Benfica não tem só uma equipa de grandes jogadoras. Tem um grupo de mulheres, umas mais novas que outras, que são muito unidas"Raquel Santos

ADAPTAÇÃO RÁPIDA

"Foi tudo muito rápido. Fui integrada numa equipa de campeãs, e que o são, também, fora das pistas. O Benfica não tem só uma equipa de grandes jogadoras. Tem um grupo de mulheres, umas mais novas que outras, que são muito unidas, que também já passaram por essa adaptação ao Clube e à exigência de ganhar tudo. Curiosamente, como sou muito competitiva, aderi logo à ideia de que no Benfica, como costuma dizer o nosso treinador, o segundo lugar é o primeiro dos últimos. E isso é-nos transmitido, constantemente, pelo Paulo Almeida e pelas próprias jogadoras que estão aqui há mais tempo. E, talvez por isso, entrei rapidamente nessa exigência, que se sente em cada treino, em cada jogo, se sente no balneário, nas conversas entre nós e se sente também lá fora, quando somos interpeladas pelos nossos adeptos, pelos nossos sócios. Quando comecei a ser reconhecida aqui, no estádio, as pessoas sempre foram muito calorosas, muito simpáticas, mas também nunca deixam de nos dizer que o próximo jogo é sempre para ganhar. Isso motiva-me imenso, porque quero tanto ganhar como elas, quero tanto conquistar títulos como os nossos adeptos. Aliás, uma das coisas de que gosto muito é de conquistar os títulos e, depois, ver a satisfação dos nossos adeptos. Não há nada igual."

TREINADOR EXIGENTE E AMIGO

"Falar do Paulo Almeida, do nosso treinador, é fácil. É um exigente, por natureza, insatisfeito no treino e nos jogos, quer sempre melhorar, quer sempre o melhor para nós e para a equipa. É uma lenda do hóquei em patins, e uma pessoa até se sente pequena ao lado dele. Mas, depois, é tão humilde, tão disponível para nos ajudar, que até nos esquecemos que estamos perante o Paulo Almeida, um dos melhores jogadores do mundo, de sempre. Mas, depois, tudo isso acaba, na pista, no treino e no jogo. Aí, temos de dar sempre o máximo, porque o Paulo não deixa que relaxemos. Quer sempre mais, depois de cada vitória, só pensa na vitória seguinte. Não perde muito tempo a saborear as vitórias, nem nos deixa perder muito tempo a fazê-lo. Diz-nos sempre que o passado não ganha jogos e nunca permite que nos desfoquemos. Fora das pistas, está sempre atento a todos os detalhes que fazem uma equipa funcionar. Cuida de nós, preocupa-se connosco, sentimos que temos ali um líder, que respeitamos imenso, mas também um amigo que nos ajuda em tudo o que necessitamos."

Raquel Santos"Falar do Paulo Almeida, do nosso treinador, é fácil. É um exigente, por natureza, insatisfeito no treino e nos jogos, quer sempre melhorar, quer sempre o melhor para nós"A LESÃO NO TORNOZELO

"Nunca ninguém está à espera de se lesionar, mas a verdade é que pode sempre acontecer. E logo uma fratura no tornozelo. Senti de imediato que algo de grave se tinha passado, devido às dores. Mas, como sou otimista, mantive a esperança que não fosse nada que me afastasse muito tempo das pistas. Infelizmente, confirmou-se a fratura e, logo nesse instante, mudei o chip para a minha recuperação. Mas, depois, é em momentos como este que sentimos o que é o Benfica, as condições que temos para recuperar. Não nos falta nada, as pessoas ajudam-nos muito, com a fisioterapia, com o aconselhamento psicológico. É realmente incrível a estrutura que o Benfica tem e que até substitui, um pouco, a nossa família. Com os meus pais longe, em Gaia, o Benfica deu-me tudo o que eu necessitava para recuperar bem. E quando falo do Benfica, falo da estrutura, do treinador, das jogadoras, dos adeptos. Todos eles contam para que uma miúda, de 21 anos, com a família longe, não se sinta sozinha, num momento mau da sua carreira."

SEGUIR OS PATINS DA MÃE

"Eu sou jogadora de hóquei em patins por influência do meu avô, que gostava muito da modalidade, mas que, no tempo dele, não conseguiu praticar, porque era demasiado caro. Não jogou ele, mas jogaram as filhas. A minha mãe e a minha tia foram jogadoras e ganharam cinco Campeonatos Nacionais, pelo Carvalhos. Continuo atrás delas, porque, no Benfica, ainda só venci três Campeonatos. Mas acredito que as vou ultrapassar nos próximos anos. Eu e as minhas irmãs seguimos as pisadas da minha mãe, que sempre foi muito presente na minha vida, e os meus avós. Eu jogo no Benfica, e as minhas irmãs, uma mais velha, que é guarda-redes, e uma mais nova, de 15 anos, que é universal como eu, jogam no Gulpilhares. E todas adoramos fazer isto, andar nos patins e jogar hóquei. Para mim, é o que me satisfaz, é o que me deixa feliz. Por isso é que me custou estar de fora, devido à lesão. Porque sou quem sou a jogar hóquei. Vim para Lisboa para jogar hóquei em patins, porque é isso que está no meu sangue. Só tenho pena que o meu avô não tenha conseguido ver-me a jogar pelo Benfica. Ele foi muito importante para eu ter decidido jogar hóquei em patins."

Raquel Santos"É o meu grande objetivo, na minha carreira. Quero ser campeã da Europa e, de preferência, pelo Benfica. Já ganhei tudo o que tinha para ganhar em Portugal"JOGAR COM A IRMÃ NO BENFICA

"A minha irmã mais nova ainda tem 15 anos, é muito nova, mas já se estreou pela equipa principal. Há quem diga que somos parecidas, ela também é universal e estamos a prepará-la para ser uma boa jogadora, se possível, ainda melhor que eu. Acho que tem uma meia distância ainda mais forte que a minha. Mas, sinceramente, falei uma ou duas vezes com ela, na brincadeira, sobre ela vir jogar para o Benfica, um dia mais tarde. Mas, ainda é cedo, tem de trabalhar, treinar, jogar e evoluir, para chegar a esse nível. E, com 15 anos, as nossas conversas são outras. Treino muito com ela e com a minha irmã mais velha, nas férias e quando estamos juntas. É natural que a minha irmã mais nova se reveja em mim. Vamos esperar que, um dia, possamos jogar juntas no Benfica, porque de certeza que ela também o quererá fazer, jogar no melhor clube de Portugal em hóquei em patins. E assim também seríamos as duas irmãs a jogar na mesma equipa e a ganhar o Campeonato juntas. Como a nossa mãe e a nossa tia."

O SONHO DA CHAMPIONS

"É o meu grande objetivo, na minha carreira. Quero ser campeã da Europa e, de preferência, pelo Benfica. Já ganhei tudo o que tinha para ganhar em Portugal, quero continuar a ganhar, porque estou num clube e numa equipa que não se cansam de ganhar, mas falta-me a Liga Europeia. Neste ano estive de fora nalguns jogos, os decisivos, devido à lesão, e foi uma desilusão, para nós, não termos ido à final four. Mas acredito que não somos inferiores às melhores equipas espanholas. O que nos falta é ter, em Portugal, a mesma competitividade que elas têm na liga espanhola. Mas não sinto que sejamos inferiores a elas, e temos de continuar a tentar, porque vamos conseguir. Como disse, tenho esse objetivo, não sei se o vou conseguir, no Benfica, mas gostava muito."


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