"Se Roger Schmidt ama o Benfica, devia sair. Está a ser um problema pesado"

 Palavras de Varandas Fernandes, antigo vice-presidente do clube da Luz

Varandas Fernandes, vice-presidente do Benfica entre 2012 e 2021, considera que Roger Schmidt não tem condições para comandar o Benfica na próxima temporada, pedindo uma reação à Direção liderada por Rui Costa.

“Se ele ama o Benfica, devia sair”, atirou ao programa Bola Branca, da Rádio Renascença. "Obviamente que isto é um fracasso que tem várias questões, por exemplo as escolhas erradas. Este treinador, efetivamente, está a ser um problema pesado para o Sport Lisboa e Benfica. Sou a favor da estabilidade, mas isto pisou todas as linhas possíveis e imagináveis. Dá a ideia de um cansaço. Dá a ideia de que o nosso treinador está cansado do clube, não é? Os nossos jogadores estão ausentes", enumerou.

"Não tenho de justificar nada sobre o jogo", disse o treinador alemão após a eliminação frente ao Marselha, nos quartos de final da Liga Europa, numa intervenção que deixou Varandas Fernandes "chocado". "Ele é funcionário do clube, ele está a ser pago por todos nós, por todos os sócios, pela família benfiquista. Ele tem de dar justificações porque tem determinadas opções. Se não quer dar e diz que não as quer dar, está a afrontar os sócios", defendeu, passando a bola a Rui Costa. "Há que ter coragem de mudar para dar passos certos e deixar de ter escolhas erradas. Obviamente que toda a gente pode ter uma derrota, não está isso em causa. Agora, há certa atitudes que não são favoráveis, nem dão, neste momento, ânimo ao momento que se vive no Sport Lisboa e Benfica."

Varandas Fernandes pede outro perfil no comando técnico. "É uma questão de inadaptação ao momento do Benfica. Ele não é o que os sócios querem. Queremos um treinador com chama, garra, que perceba o que se está a passar no campo. As demonstrações que temos tido vão em sentido contrário", disse. "Se continuarmos na mesma e não começarmos desde já a preparar a próxima época, vamos por um mau caminho, porque é evidente que os resultados desportivos vão acabar por ter implicação na gestão financeira e eu não queria ver o meu clube voltar para trás de maneira nenhuma. Quero ver o meu clube à frente. Começo a ficar preocupado com o que se está a passar”, rematou.

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