"No global, tivemos as melhores chances, e tínhamos de marcar"

 

Na análise ao encontro com o Marselha, referente à 2.ª mão dos quartos de final da Liga Europa, Roger Schmidt reconheceu que o Benfica teve ocasiões para faturar, o que poderia ter mudado o desfecho do duelo, decidido no desempate por grandes penalidades a favor dos franceses (4-2), que tinham igualado a eliminatória (2-2) com o golo apontado aos 79' (1-0).

Na entrevista rápida, à Sport TV, o treinador das águias admitiu que os rivais colocaram o Benfica sob pressão, e jogaram com "muita intensidade", situação que os encarnados souberam contrariar, fechando espaços. Todavia, Roger Schmidt também considerou que foram criadas ocasiões para faturar, mas faltou eficácia.

"Tivemos momentos para marcar o primeiro golo, o que teria ajudado, mas eles marcaram e o jogo tornou-se diferente. No prolongamento tivemos as melhores ocasiões para marcar o golo que poderia ser decisivo, e depois fomos para penáltis. Perdemos e é muito desapontante", referiu, acrescentando que o Benfica tem "muito bons batedores" de castigos máximos.

"Nas grandes penalidades uma equipa tem de perder, e se se comete um erro e o rival aproveita, perde-se", comentou.

ANÁLISE AO JOGO

"Em primeiro lugar, parabéns ao Marselha pelo apuramento para a meia-final. Perdemos, e tínhamos muita ambição de vencer este jogo, passar à semifinal, mas, a este nível, temos de jogar com adversários muito bons, e o Marselha jogou de forma muito intensa desde o começo, com muita agressividade. Tivemos alguns problemas em praticar o nosso futebol, em encontrar soluções em termos de posse de bola, e proporcionar mais situações aos nossos avançados. Defendemos muito bem. Não lhes permitimos oportunidades claras [de golo]. A 10 minutos do final, sofremos o golo, e o jogo ficou em aberto. Fomos a prolongamento, tivemos dois grandes momentos para marcar aquele que poderia ser o golo decisivo, mas perdemos essas oportunidades, e nas grandes penalidades eles executaram melhor e decidiram o jogo."

A ESTRATÉGIA E OS "BONS MOMENTOS"

"Queríamos ter mais bola, jogar mais no meio-campo deles, mas, como disse, eles estiveram muito bem na pressão e nos duelos. Ganharam muitas bolas divididas quando pretendíamos sair para o ataque. Foi difícil encontrar soluções. Na segunda parte tivemos alguns bons momentos, mas, no geral, deveríamos ter mais bola, algo que foi uma consequência do estilo de jogo deles, mas continuámos em jogo. Independentemente disso, tivemos bons momentos em transições e também em termos de posse de bola. No global, tivemos as melhores chances, e tínhamos de marcar, mas não conseguimos. Eles usaram a vantagem de jogar em casa, mas no prolongamento poderíamos ter vencido."

ALTERAÇÕES EXPLICADAS

"Estávamos bem no jogo, fizemos duas alterações com o Orkun [Kökcü] e o João Mário, e Rafa ficou como avançado. Estávamos equilibrados, daí lançar Arthur Cabral numa fase mais adiantada."

SABER LIDAR COM O MOMENTO

"[Não ficou com a equipa no final?] Estava desapontado e sabia que os jogadores estavam muito desapontados, e nestes momentos não se pode dizer muita coisa. Não há nada que atenue a dor. Para os jogadores, são precisos alguns dias para lidar com esta derrota, porque, como vimos hoje [quinta-feira, 18 de abril] e nestes dois jogos, era possível chegar à semifinal, e é desapontante."

REAGIR JÁ COM O FARENSE

"O resto da época é fazer cinco jogos de topo. Temos de estar preparados já na segunda-feira [22 de abril] para o desafio com o Farense [30.ª jornada da Liga Betclic] e para fazer um bom jogo."

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