TRAVAGEM
O Benfica tropeçou na finalização e foi surpreendido pelo Tondela no Estádio da Luz (2-3), na 32.ª jornada da Liga NOS.
A equipa encarnada saiu na frente no marcador, mas depois teve de enfrentar um doloroso cenário de dupla face: o desperdício próprio de ataques e, do outro lado, o aproveitamento do adversário com base numa eficácia extrema.
Os primeiros minutos do desafio foram reveladores sobre a realidade com que o Benfica seria confrontado na Catedral: o Tondela assumia uma estratégia defensiva que incluía a colocação de onze jogadores atrás da linha da bola, guardando energias para pressionar no interior do seu meio campo, sem nunca desprezar a hipótese de contra-atacar com critério.
A equipa benfiquista tinha o comando e a verdade é que, nesta fase, precisou de apenas uma oportunidade para colar a primeira bola às redes. Aos 12’, Raúl arriscou num lance de um para um na esquerda, rompeu e, já na área, caiu quando procurava cruzar, sem que o árbitro Nuno Almeida assinalasse qualquer infração. A bola não foi desviada para a baliza por Zivkovic na pequena área e viajou até ao lado contrário, onde Rafa a recolheu, entregando-a de pronto a Pizzi, que, de pé direito, disparou para o golo (1-0).
Num ritmo moderado, os jogadores do Benfica continuaram a puxar a bola para os seus pés, com o segundo golo na mente. Pizzi (16’), Zivkovic (19’) e Cervi (26’) tentaram bater Cláudio Ramos, mas não conseguiram.
Ao minuto 30, depois de André Almeida (inferiorizado fisicamente) ter sido forçado a ceder a posição a Douglas, o Tondela, do nada, inventou o 1-1, com Miguel Cardoso a escapar nas costas da defensiva encarnada e a desviar para as malhas. Novo lance aparentemente inofensivo, outro golo do Tondela (39’): no desenvolvimento de um arremesso de linha lateral à direita, alívio defensivo incompleto das águias e Miguel Cardoso, na área, a chutar de pé direito, sem hipótese de defesa para Varela (1-2).
Com a intenção de dar a volta ao resultado, o Benfica abordou o segundo tempo com uma alteração no xadrez: Salvio substituiu Cervi, derivando Rafa para o lado esquerdo do meio-campo. Imprimindo maior velocidade às combinações ofensivas em todos os corredores, os encarnados dispuseram de várias chances para rubricar o 2-2 e poderem, depois, atacar o triunfo, que era o desfecho que lhes interessava.
Apesar das tentativas, a igualdade não aconteceu. E aos 81’, numa subida à área do Benfica, o Tondela voltou a marcar, num remate cruzado de Tomané a partir da esquerda da área (1-3).
O terceiro golo dos beirões foi um rude golpe. As águias ainda replicaram, mais com coração, e fixaram o 2-3 aos 90’+4’, com Salvio a responder a passe de Seferovic e a finalizar com um chapéu.
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