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EDIÇÃO DE SEXTA-FEIRA, 15 DE MARÇO 2024

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“PRIMEIRO TEMOS DE OLHAR PARA O SEIXAL” Presidente em entrevista

Luís Filipe Vieira falou, pela primeira vez, depois das emoções do Tricampeonato Nacional. O presidente do SL Benfica concedeu uma extensa entrevista ao jornal “Record” – que terá continuação na edição de domingo – onde fala de todos os temas que marcaram a temporada 2015/2016.
Rui Vitória chegou e comandou a equipa até ao Tricampeonato, um terceiro título consecutivo que fugia ao SL Benfica há 39 anos. Um início conturbado mas que nem por isso deixou em risco o lugar do técnico.
“Tem três anos e vai cumpri-los, independentemente dos resultados.  O Rui Vitória esteve em causa no Benfica. Muita gente disse que se não ganhasse em Braga saía... isso foi uma fantasia. Acho que uma das coisas que o Rui Vitória apreciou é que, daquela porta para dentro, não escutamos ninguém. O que se dizia nunca foi comentado dentro desta casa. Acreditámos sempre que era possível chegar ao fim e ganhar”, esclareceu.
“O clube deu-lhe armas e ainda tem mais para dar. Se não desse, e vamos ser claros, onde estavam o Lindelöf, o Ederson, o Gonçalo Guedes, o Renato? O João Teixeira estava cá, o Victor Andrade também… Como disse, houve uns que não agarraram as oportunidades, mas não foi por falta de qualidade. O importante é que estes jovens sonhem que vão lá chegar. E já há outros miúdos para subirem. Perguntam-me se vamos novamente ao mercado? Vamos, mas primeiro temos de olhar para dentro do Seixal. O Rui Vitória teve as armas, porque um jogador com a identidade do Benfica, pode ser muito novinho, mas já tem 8/9/10 anos de clube e isso sente-se muito em campo”, garantiu o presidente.
Luís Filipe Vieira acredita que a aposta na Formação e a mistura entre juventude e experiência podem ser um grande passo para o SL Benfica continuar a ganhar títulos. “Eles responderam. Logicamente temos aqui uma mistura. O Luisão até já falou numa conversa que tive com um grupo de jogadores mais velhos - onde estavam o Luisão, o Jardel, o Gaitán, o Jonas, o Júlio César e o Salvio – e eles recordam isso. Não queria que passasse a mensagem para os nossos jogadores que o Benfica não tinha dinheiro para investir, quando não se tratava disso, mas sim de ter qualidade cá dentro. Disse-lhes que ajudassem estes miúdos a crescer, porque a qualidade deles viria ao de cima. E esse trabalho, dos jogadores mais velhos, foi notório, ao ajudarem os mais novos a crescerem. Essa conversa que tivemos foi muito importante”, revelou.
O presidente do Sport Lisboa e Benfica faz questão de estar presente junto dos jogadores ao longo de toda época. Uma postura que poderá ter sido fundamental na caminhada para o título.  
“ Sei quando tenho de aparecer. Ainda vivi tempos no Benfica nos quais me telefonavam para ir ao Estádio da Luz tirar uma fotografia, ou para aparecer ao lado do treinador, porque era conveniente... Hoje, não preciso nem permito que alguém me diga que tenho de ir ao Seixal, após uma derrota ou uma vitória. Eu decido e acho que tenho sabido aparecer no momento certo. Depois tenho outra particularidade: isto [centro de estágio] é a minha segunda casa. Gosto disto! Sempre acreditei no Caixa Futebol Campus, gosto do que aqui está, gosto de estar perto dos jogadores. Faço alguma preparação física e, nos alongamentos, não é novidade nenhuma, há jogadores que não conseguem fazer o que faço [risos]... Este espírito de família é muito importante. E eu não posso estar longe”, afirmou.
Quanto ao tempo que o técnico Rui Vitória estará no SL Benfica, Luís Filipe Vieira foi rápido na resposta: “Estará o tempo que entendermos. Serve os interesses do Benfica, é o treinador indicado para o clube e tem uma particularidade muito importante, que passa por ser um bom gestor de recursos humanos. E isso, para o projeto que o Benfica tem, é fundamental. Como gere bem os recursos sabe o que temos em casa e, na cabeça dele, já está a pensar em quais os jogadores que quer projetar no próximo ano ou daqui a dois anos. Por isso, é que existe um grupo de elite no Benfica.”

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