Relativo a 2014/15 Relatório & Contas
A Benfica SAD apresentou na sexta-feira à noite o Relatório & Contas relativo à época 2014/15 (de 1 de julho de 2014 a 30 de junho de 2015). Nos números comunicados, as contas saldam-se num resultado líquido consolidado de 7,1 milhões de euros, ou seja, a SAD terminou o exercício com saldo positivo.
Analisando atentamente o Relatório & Contas são vários os principais destaques nos resultados económicos e financeiros apresentados pela Benfica SAD.
O resultado líquido consolidado ascendeu a 7,1 milhões de euros, o que corresponde ao segundo ano consecutivo em que atinge resultados positivos no final do exercício.
O resultado operacional consolidado (incluindo transações de atletas) superou os 30,4 milhões de euros, o qual tem sido consecutivamente positivo nos últimos exercícios, com destaque para os dois últimos anos, nos quais ultrapassaram os 30 milhões de euros e foram manifestamente superiores aos exercícios anteriores.
Os rendimentos operacionais sem atletas atingiram os 102 milhões de euros, o que significa que, pelo segundo ano consecutivo, é ultrapassada a barreira dos 100 milhões de euros, facto inédito e demonstrativo da capacidade de gerar receitas de forma consistente.
O resultado com atletas ascendeu a 34,9 milhões de euros, correspondendo ao terceiro exercício consecutivo em que contribui positivamente para o resultado líquido, facto essencial para o modelo de negócio da Benfica SAD.
As transferências dos atletas Enzo Perez, Bernardo Silva, João Cancelo, Oblak, Markovic e Cardozo contribuíram para que os rendimentos com transações de direitos de atletas superassem os 78,8 milhões de euros, o que corresponde a um aumento de 4,3% face ao período homólogo e ao montante mais significativo de sempre alcançado pela Benfica SAD em rendimentos desta natureza.
Os rendimentos totais consolidados ultrapassaram os 186 milhões de euros, o que equivale a um crescimento de 0,7% face ao período homólogo, voltando a estabelecer um novo valor máximo de rendimentos gerados num único exercício.
O ativo consolidado ascende a 430,2 milhões de euros, o que representa um decréscimo de 2,4% face ao período homólogo, justificado pela diminuição das rubricas de clientes, ativos intangíveis e investimentos em empresas associadas.
O passivo consolidado sofreu uma redução de 19,4 milhões de euros no decorrer do exercício, o que equivale a uma diminuição de 4,3%, sendo as rubricas de outros credores e empréstimos obtidos as principais responsáveis.
O capital próprio consolidado atingiu um valor positivo de 575 milhares de euros no final do exercício de 2014/2015, o que corresponde a uma melhoria de 9 milhões de euros face a 30 de junho de 2014, sendo de realçar que nos dois últimos exercícios, o capital próprio da Benfica SAD sofreu uma variação positiva de 24,4 milhões de euros, o que é representativo da capacidade de Grupo em gerar resultados económicos positivos.
“Um ciclo alicerçado na maturidade”
Na mensagem inicial do documento, o presidente Luís Filipe Vieira realça a capacidade de adaptação ao longo dos últimos, num Benfica sempre em evolução e crescimento.
“Sempre entendemos que, quando o tempo muda, nós também temos de mudar, que não podemos continuar a fazer o mesmo num contexto totalmente diferente e que a nossa responsabilidade passava por encontrar respostas e caminhos novos para os novos desafios. A exigente conjuntura económica dos últimos anos acelerou opções que esta Administração já tinha equacionado. A aposta na formação e no desenvolvimento do Caixa Futebol Campus foi feita com critério, de forma planeada e recorrendo aos equipamentos mais inovadores que nos diferenciam e nos colocam na vanguarda mundial a nível de clubes”, pode ler-se.
“No Benfica, fazemos aquilo em que acreditamos, e acreditamos naquilo que fazemos, por isso o aparecimento de tantos talentos e a aposta nos jovens jogadores do Seixal não podem ser vistos como fruto do acaso, mas antes da convicção e da vontade que temos em mudar o paradigma do nosso futebol. O Caixa Futebol Campus é um projeto gerador de valor para o Benfica. Nunca foi fácil mudar mentalidades, mas a verdade é que o tempo é sempre o nosso melhor aliado e o juiz das nossas opções”, acrescentou.
“Foi um ano exigente. Um ano em que, três décadas depois, conseguimos repetir o bicampeonato. Um ano em que voltámos a conquistar três títulos: a Supertaça, a Liga e a Taça da Liga, o que demonstra como a recuperação desportiva tem sido sustentada e levada a cabo com sucesso, mas, mais do que isso, voltámos a conciliar o êxito desportivo com os bons resultados no capítulo financeiro. Foi um exercício em que, mais uma vez, e apesar dos constrangimentos económicos, apresentámos resultados francamente positivos, conseguindo igualmente reduzir passivo e repor os capitais próprios positivos”, afirmou o presidente, relativamente às conquistas desportivas do Futebol.
Luís Filipe Vieira alude ainda “a um ano de consolidação da BTV enquanto projeto estruturante e gerador de receitas num modelo que continua a ser único e cujo exemplo está a ser acompanhado pelos principais players internacionais”, enaltecendo de seguida “um ano intenso a nível de contactos internacionais que nos permitiram chegar a um sponsor com uma visão e valores onde nos reconhecemos. Uma parceria que nos acrescenta valor e nos responsabiliza enquanto clube que passou a integrar uma elite de grandes clubes mundiais que ostentam nas suas camisolas a Emirates como principal patrocinador”.
Olhando em frente, o presidente realça o novo ciclo: “Entrámos num novo ciclo, um ciclo que quer equilibrar a competitividade desportiva com a sustentabilidade económica do projeto. Um ciclo alicerçado na maturidade que os últimos anos nos trouxeram e nos êxitos alcançados”.
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